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Trump propôs atacar imigrantes com tiros, cobras e jacarés!

Brito: não pensem que faltariam admiradores no Brasil...
publicado 02/10/2019
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Na CNN: "o presidente já mencionou fortalecer o muro na fronteira com uma vala cheia de água, tomada por cobras ou crocodilos, e pediu a seus assessores uma estimativa de valores. Ele queria que o muro fosse eletrificado e contasse com lanças no topo, capazes de perfurar a carne humana" (Reprodução)

Reportagem do New York Times publicada na noite de ontem (1o/X) e traduzida para português pela Fel-lha mostra os bastidores de uma reunião no Salão Oval da Casa Branca, no início de março deste ano.

E também mostra até onde vai o discurso de ódio de Donald Trump contra os imigrantes.

O presidente norteamericano ordenou, primeiro, que o governo trancasse todos os 3.200 quilômetros da fronteira dos EUA com o México até o meio-dia do dia seguinte.

Assessores, atônitos, explicaram ao presidente que isso não seria possível: além de deixar turistas norteamericanos presos no México, a medida poderia gerar uma enorme crise econômica entre os dois países.

Entretanto, essa foi apenas mais uma de uma longa série de ideias absurdas de Trump para conter a entrada de imigrantes - especialmente latinoamericanos - nos EUA.

Em novembro de 2018, Trump sugeriu - em público - que soldados do exército atirassem em imigrantes que jogassem pedras contra a fronteira.

Após seus assessores afirmarem que isso provavelmente seria ilegal, o presidente propôs - desta vez em reunião fechada - uma ideia mais humana: atirar nas pernas dos imigrantes para que eles não conseguissem escapar das patrulhas de fronteira.

Para tristeza de Trump, sua equipe disse que isso também não seria permitido...

Esse, entretanto, não foi o exemplo mais óbvio da xenofobia do presidente norteamericano:

Segundo o NYT, Donald Trump pediu também uma "estimativa de custo" para a construção de uma muralha fortificada na fronteira com o México, com itens dignos de castelo medieval: um fosso cheio de cobras e jacarés, com cerca elétrica no topo e lanças capazes de perfurar a pele de quem tentasse atravessar.

Genial...

A família Bolsonaro é fã do Trump - e de suas políticas contra a imigração.

O presidente Jair Messias, por exemplo, em 2015, se referiu a imigrantes e refugiados como "escória do mundo".

Já o filho 03, o Eduardo, esse fã do Rambo, foi aos EUA em fevereiro defender a construção de um muro na fronteira com o México.

Bolsonaro não declarou apoio às ideias extremistas de Trump reveladas ontem pelo NYT.

Mas, certamente, não faltaria apoio a tais medidas entre os bolsonaristas e o bolsonarismo.

Basta lembrar, por exemplo, dos ataques em massa contra refugiados venezuelanos em Roraima, em agosto de 2018.

Ou o ato anti-islã na Avenida Paulista, em maio de 2017.

Ou, mais recentemente, em 2/IX, o atentado contra um bar de palestinos em São Paulo.

Fernando Brito, em seu Tijolaço, resume a situação: "não pensem que aqui faltariam adeptos de ideias semelhantes para cercar as favelas entre os que partilham o 'I love you' de Jair Bolsonaro a seu ídolo do Norte. Ou será que já não tem precedentes, como o 'mirar na cabecinha' que é mais cruel que o 'mirar na perninha' trumpiano?"

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