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O Banco Central é a boca de fumo dos banqueiros

A classe média é o capataz da verdadeira elite

por Conversa Afiada publicado 23/10/2018 08h10, última modificação 23/10/2018 08h14
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Depois do sucesso espetacular de “A Elite do Atraso”, Jessé Souza lança “A Classe Média no Espelho”.

Ele critica a divisão clássica de classes A, B e C, porque a renda não explica o principal: como se chega até a classe.

“Classe” para Jessé significa reprodução de privilégios e o conhecimento é o principal privilégio.

Ele define as classes em:

- 18% são a massa da classe média;
- 2% são a classe média alta, o que ele chama de “Bélgica do Congo”;
- a verdadeira elite de proprietários não deve ser mais do que 800 pessoas, sendo 600 em São Paulo, segundo um banqueiro entrevistado no livro;
- e 80% são os excluídos que já chegam à escola como perdedores.

Há excluídos trabalhadores e aqueles que vivem de trabalho precário.

1/3 é de marginalizados.

A prova de que a Escravidão continua.

Somos filhos da Escravidão.

Uma das entrevistadas de Jessé diz frase inesquecível: todo racismo é uma coisa só.

Outro entrevistado, principal executivo de um banco, diz que o Banco Central “é a nossa boca de fumo”.

O que a gente vê quando põe a classe média diante do espelho?

Vê que ela não passa de capataz da verdadeira elite.

Que ela morre de medo de cair na posição hierárquica e só apavorou quando percebeu que tinha perdido o monopólio do conhecimento: quando Lula botou oito milhões de jovens pobres na universidade.

Aí, o capitalismo moraliza a opressão, manipula o medo e elege os canalhas da moralidade pública!

Jessé localiza aí o Bolsonaro.

E a classe média no espelho tem futuro?

Jessé diz também de forma antológica:

“Quem não sabe quem é nunca aprende; quem nunca aprende repete.”

Essa entrevista à TV Afiada é apenas uma amostra do magnífico “A Classe Média no Espelho“.

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