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MST suspeita que Dantas “organizou” invasão à fazenda que grilou no Pará

publicado 15/04/2010
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Em março de 2009, uma equipe da Rede Globo conseguiu um furo de reportagem.

Testemunhou uma feroz invasão de terras griladas por Daniel Dantas, no Pará.

Imediatamente, o jornal nacional e suas ramificações – por exemplo, o G1, – divulgaram as imagens ferocíssimas.

O PiG (*) tratou o assunto como se a Longa Marcha de Mao Tse Tung tivesse acabado de chegar ao Jardim Botânico.

Pouco antes, o Supremo Presidente do Supremo tinha feito declarações bombásticas em defesa da Ordem e do Respeito à Propriedade Rural (sobretudo a Grande).

Clique aqui para ver sua melancólica despedida no Estadão de hoje.

E o PiG (*) tratou a invasão como uma resposta do MST ao Supremo Presidente.

Clique aqui para ver sobre o aumento da violência no campo e o papel de Gilmar Dantas (**).

Hoje, eu conheci João Paulo, líder do MST.

Ele me contou a seguinte história.

Poucos dias depois de “coordenar” a invasão das terras de Dantas, o “coordenador” deixou o MST  e apareceu com um carro novo.

A “coordenação” da invasão foi toda sua.

Ele não consultou ninguém.

Ele não pediu autorização a nenhuma liderança do MST no Pará.

Havia um grupo de acampados perto da sede da fazenda que Dantas grilou.

Três homens saíram do acampamento para cortar lenha.

O “coordenador” disse aos acampados que os três tinham sido sequestrados pelo dono da fazenda.

E “coordenou” a ida dos acampados à sede fazenda para buscar os companheiros.

Quando chegaram lá, havia uma milícia armada, que atirou neles.

E a equipe da Globo, que filmou aquele “furo” fantástico !

Depois, a Globo admitiu que sua equipe viajou para a fazenda num jatinho do Opportunity.

Alguém persuadiu o “coordenador” – disso o João Paulo tem razão.

O resto é suspeita.

Paulo Henrique Amorim

(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

(**)Clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=8144 E aqui para ver como outra eminente colonista (***) da GloboNews e da CBN se refere a Ele http://www.youtube.com/watch?v=loXcU8DsAQM

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.