“Dilmin”: Dilma com Alckmin é o novo “Dilmasia”
Lá em Madureira vão pensar que “neocorrupto” (*) é uma bactéria que vem no espetinho de gato. Clique aqui para ver a matéria no O Globo.
“Aparelhamento do estado” deve ser um novo serviço de som do Maracanã.
No lançamento do Serra na Bahia – clique aqui para ler sobre o “fim do paulistismo II” – houve ausências notáveis no palanque.
O Farol de Alexandria, que, em janeiro, o demoveu da intenção de não ser candidato.
O FHC preferiu ir para a Europa a se meter na Bahia.
Faltou também um negro.
Um único negro.
Em Salvador, onde a maioria da população é negra, não havia um único negro no palanque.
Mas, lá estiveram José Carlos Aleluia e Paulo Souto, neocarlistas.
O que Serra disse ou não disse não tem a menor consequência eleitoral.
Ele há muito tempo caiu para dentro.
Foi tragado pela própria irrelevância.
As únicas declarações relevantes são as que se referem a ações de política externa, campo em que, invariavelmente, se alinha com a política de seu mentor e pai espiritual, Fernando Henrique: com os Estados Unidos, para o que der e vier.
(Serra assinaria o “Protocolo Adicional” do TNP ? – essa seria uma boa pergunta para se fazer a ele, depois de ler o “Manual para entrevistar o Serra” (clique aqui para ler).
Elas indicam – com Serra ou sem Serra – a persistência de um eixo pró-americano na política externa brasileira, o que se expressa nas entrevistas dos “embaixadores de pijama” da GloboNews.
Não são os neocorruptos ou o aparelhamento do Estado a origem da inquietação do Serra.
Ela está em outra parte, em discreta nota do notável colonista (**) Elio Gaspari, que faz parte daquele seleto clube de jornalistas onde se chama o Serra de “Serra”.
Diz o notável colonista:
“Voto Dilmin – Brotou um novo derivativo na campanha de José Serra. Depois do voto Dilmasia em Minas Gerais, prefeitos do interior de São Paulo namoram o voto Dilmin. Dilma para presidente e Alckmin para governador.
Geraldo Alckmin pode se sentir mais confortável no Palácio Bandeirantes com Dilma Rousseff no Planalto. Não seria a primeira vez que deixa Serra na chuva”.
Esta “situação” – na chuva – foi aquela em Serra deixou Alckmin quando Alckmin foi candidato a presidente e a prefeito.
Quer dizer, noves fora, nove.
Agora, aqui para nós, amigo navegante, quem se sentiria melhor com a Dilma no Planalto do que com o Serra ?
O Alckmin, o Aécio, o Anastasia e todo o povo brasileiro !
Paulo Henrique Amorim
(*) O Alckmin também caiu na esparrela de fazer campanha contra a corrupção e levou uma surra (igual à do Serra) de 61% a 39%, vestido numa camiseta da Petrobrás – por falar em “aparelhamento do Estado”...