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Traíra, onde você estava quando o FHC te perseguiu ?

A Traíra se esconderá à sombra da macieira de onde a Eva recolheu aquela fatídica maçã.
publicado 12/10/2010
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Nos Estados Unidos, começaram os testes em seres humanos com células-tronco.
 
Daqui a pouco se chega ao diabetes, à doença de Parkinson, ao Alzheimer.
 
E a Traira ?
 
Onde estará, ela que foge de Darwin, como foge da Dilma.
 
A Traíra se esconderá à sombra da macieira de onde a Eva recolheu aquela fatídica maçã.
 
A propósito da Traíra, o Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do amigo navegante Ivo:
 
 
Caros ,
 
Acho que é o caso de lembrar a Marina de onde ela estava em abril do ano 2.000.
 
No dia 22 de abril de 2.000 ela estava na estrada que liga Santa Cruz de Cabrália a Porto Seguro, junto com 3.600 indígenas, de mais de 180 povos, militantes do movimento negro, quilombolas, miltantes do MST, estudantes, mulheres,   militantes de inúmeros movimentos populares e sindicais, talvez mais de 10 mil ao todo, de todo o Brasil.

Ela tinha falado no Quilombo, que era o acampamento coletivo, no dia anterior, para alguns destes milhares de militantes.
              

No dia 22 de abril, logo pela manhã, foi desatada a repressão sobre todos e todas.

 

O Fernando Henrique estava na Cidade Alta de Porto Seguro, comemorando com o Presidente de Portugal.
 
Na estrada, a policia do Antonio Carlos Magalhães e as tropas do FHC jogavam bombas de gás, arrastavam negros pelos cabelos, espancavam indígenas e prendiam estudantes.
 
Havia helicópteros e lanchas da Marinha no cerco.
 
Um indígena se jogou no chão da estrada, em frente dos soldados, que passaram por cima dele.

Encontrei a Marina com sua assessora Áurea, perdidas na estrada, escutando bombas e tiros próximos.

Coloquei as duas no meu carro, para escapar dali protegendo-as.

Dentro do carro, a Marina falou calmamente que, se respirasse aquele gás, poderia morrer.

Virei o carro para pegar um caminho de terra e ir em direção da praia.

Ela pediu que não fosse, porque tinha visto soldados irem para a praia perseguindo estudantes.

Voltei com o carro prá estrada e levei a Marina até local seguro, longe da repressão e das bombas.

Emocionado porque, segundo a nossa Senadora, eu talvez tivesse acabado de salvar sua vida.

Acho bom ela lembrar deste episódio neste momento, para pensar de que lado ela sempre esteve, e de que lado deve estar agora.
 
um abraço fraterno
 
Paulo Maldos ( ex-assessor do CIMi – Conselho Indigenista Missionário)