Para Jobim, embaixador americano ou WikiLeaks mente
O ministro da defesa (dos EUA) Nelson Johnbim foi o primeiro personagem de um vazamento do WikiLeaks que contestou a veracidade de informação ali contida.
O que só não é mais grave do que falar mal da diplomacia brasileira, e de um colega ministro, ou revelar uma inconfidência de um chefe de Estado estrangeiro (Evo Morales) a um embaixador estrangeiro.
Ninguém ousou dizer que a informação do WikiLeaks é falsa.
Só o Johnbim.
Ou ele acha que o embaixador americano é um cretino ?
Que ouve inconfidências irresponsáveis do ministro da defesa do Brasil e manda um telegrama errado para Washington.
O Johnbim pensa que o americano é burro ?
Ou que o presidente Lula é burro ?
Ou que o amigo navegante é burro ?
Ainda bem que na noite da vitória, a presidente Dilma Rousseff avisou que só seria ministro dela quem jogasse no time dela.
Quem estivesse do lado dela.
Leia o que disse o Johnbim :
Jobim nega 'críticas' a Samuel Pinheiro Guimarães divulgadas pelo WikiLeaks
RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou nesta terça-feira ter dito, em 2008, ao então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, que Samuel Pinheiro Guimarães, atualmente ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, "odeia os EUA", conforme consta de documento vazado pelo site WikiLeaks. Em um telegrama, Sobel considera a diplomacia brasileira "antiamericana" .
Segundo notal oficial, Jobim, que está em visita oficial à Polônia, ligou para Guimarães e afirmou que "realmente em algum momento conversou sobre ele com o embaixador, mas disse que o tratou com respeito e classificou Guimarães como um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil".
Na nota, Jobim acrescenta que "se o embaixador disse que Samuel não gosta dos Estados Unidos, isso é interpretação do embaixador, eu não disse isso. Samuel é meu amigo".
A nota afirma, ainda, que as relações entre Brasil e EUA, tanto na diplomacia quanto na Defesa, "estão cada vez mais aprofundadas. No entanto, eventuais divergências entre as duas Nações tornam-se visíveis, à medida em que aumenta o relevo do Brasil no cenário internacional".
Em tempo: o Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail de Roberta Belyse, que trabalha com Nelson Jobim: