Bacelar desmente o Globo: “Nunca vi o Nordeste melhor”
Saiu no Globo, pág. 30:
“Tania Bacelar: nunca vi o Nordeste melhor”.
Tania Bacelar é professora de Economia da Universidade Federal de Pernambuco.
E, na eleição, deu corajosos depoimentos – por exemplo – para desmentir a ideologia da elite paulista (separatista, por definição) de que o Nordeste vota em Lula e em Dilma por meia dúzia de migalhas.
Agora, o Globo tenta desqualificar a expansão sino-nordestina, de taxas de crescimento espantosas.
O Globo – campeão do “Nada vai dar certo” – tenta provar que o Nordeste vai empacar porque falta mão de obra qualificada.
É uma teoria interessante.
Quando JK instalou a indústria automobilística em São Paulo abundavam engenheiros e operários metalúrgicos.
E por isso a indústria automobilística (especialmente a de São Paulo) é o retumbante fracasso que hoje testemunhamos.
Se o JK lesse o Globo, ele instalava a indústria automobilística brasileira em Cingapura, como faz o Roger Agnelli, que breve – ufa ! – deixará a presidência da Vale.
Vamos à Bacelar, que, sozinha, vale todo o PiG (*) reunido num mesmo saco de farinha:
“(O Nordeste) está melhorando bastante, principalmente na renda, que tem crescido puxada pela demanda das classes populares que beneficiou o Norte e o Nordeste.”
“O aumento do salário mínimo também foi muito positivo.”
“Também estamos vendo emprego com desempenho bom no Ceará, com indústrias intensivas de mão de obra, como alimentos, calçados e confecções. No Piauí, há investimentos industriais e agro-negócio forte (**).”
“Estudo a economia do Nordeste desde os anos 60 e nunca vi o Nordeste melhor.”
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Sobre a omissão à exuberante recente expansão econômica da Bahia, cabe um esclarecimento. Como filho de baiano e casado com uma baiana, sei que é mais fácil um baiano elogiar o deserto do Saara a elogiar Pernambuco. E vice-versa. Meu pai, por exemplo referia-se a Manuel Bandeira como “Mané” Bandeira. Mas, deu ao filho um “Casa Grande” no aniversário de 15 anos. Bacelar é pernambucana ilustre.