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O programa nuclear brasileiro não vai parar

O Brasil vai continuar a crescer, as hidrelétricas não vão dar conta e o Brasil vai precisar de todo tipo de energia
publicado 22/03/2011
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No programa Entrevista Record de hoje, às 21h15, este ansioso blogueiro entrevistou o professor Marco Aurélio Garcia sobre a visita de Obama e a Líbia - clique aqui para ler - e também o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear Odair Dias Gonçalves e o engenheiro José Manuel Francisco, responsável pela Segurança e a Comunicação da empresa Eletronuclear.

A CNEN é a responsável no Ministério da Ciência e da Tecnologia pela supervisão do programa nuclear.

E a Eletronuclear é a empresa responsável pela construção das usinas.

Existem hoje no mundo em funcionamento 442 usinas nucleares.

O Brasil tem duas: Angra I e Angra II, hoje responsáveis por 2% de toda a energia consumida no Brasil e por 30% da energia do Estado do Rio de Janeiro.

O Brasil constrói no momento Angra III e estuda onde instalar no Nordeste uma central nuclear que terá de duas a seis usinas.

Na França, a energia nuclear é responsável por 80% do consumo.

A energia nuclear é responsável por 20% do consumo de energia do mundo.

O Brasil prospectou 30% do seu território e descobriu jazidas de urânio que fazem dele o sexto maior produtor do mundo.

Quando todo território estiver prospectado, o Brasil será o primeiro ou o segundo produtor de urânio do mundo.

O Brasil detém toda a tecnologia para processar o combustível nuclear.

Hoje as hidrelétricas respondem por 90% da produção brasileira de energia.

O Brasil vai continuar a crescer, as hidrelétricas não vão dar conta e o Brasil vai precisar de todo tipo de energia.

Quando estiverem prontas as nove usinas nucleares planejadas elas representarão apenas 4% do consumo do País.

A mais velha usina brasileira, Angra I, começou a funcionar em 1985 e é mais jovem do que a que primeiro teve problema no Japão.

Os dois entrevistados disseram que não há motivo para interromper o programa nuclear brasileiro.

Este ordinário blogueiro é a favor da energia nuclear ( e da bomba atômica brasileira também) e espera que a lamentável tragédia do Japão não tenha como subproduto o obscurantismo científico.

Marina Silva, como se sabe, é contra a energia nuclear, contra usina hidrelétrica, contra pesquisa com célula tronco e não confia em Darwin.

Ela teve 20 milhões de votos no primeiro turno.

É uma treva que nos ameaça.

Paulo Henrique Amorim