Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / 2011 / 05 / 11 / Concurso terá cota para negro. Kamel vai cortar os pulsos

Concurso terá cota para negro. Kamel vai cortar os pulsos

Globo: "Concursos públicos no Estado do Rio deverão reservar vagas para negros, diz ministra"
publicado 11/05/2011
Comments

Saiu no Globo:


Concursos públicos no Estado do Rio deverão reservar vagas para negros, diz ministra



RIO - Os próximos concursos públicos para o Estado do Rio de Janeiro deverão contar com reserva de vagas para a população negra, segundo informou, nesta terça-feira, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. A medida deve ser adotada por meio de decreto do governador Sérgio Cabral.


Durante uma visita à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, no centro da capital fluminense, a ministra disse que a decisão foi anunciada, nesta segunda-feira, pelo governador, no Palácio Laranjeiras. Na ocasião, eles conversaram sobre a criação de um plano estadual de promoção da igualdade racial.


- Na parte que se refere ao mercado de trabalho, o governador propôs que seja editado um decreto introduzindo, em todos os concursos públicos, a cota para negros - afirmou a ministra. - O que falta é um estudo para se chegar a um percentual que seja razoável, considerando a presença negra na população do estado.


O estudo deve ser desenvolvido pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Assistência Social com outros órgãos de governo, como a Procuradoria-Geral do Estado. Se for atender à proporção de negros na população fluminense verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as cotas raciais devem reservar mais da metade das vagas ofertadas em cada concurso.


Os dados do Censo de 2010 mostram que 51,7% da população fluminense são negros, sendo 12,4% pretos e 43,1% pardos. No Brasil, a proporção é 7,6% de pretos e 39,3% de pardos.


Na opinião da ministra Luiza Bairros, as cotas raciais nos concursos darão continuidade à política de ações afirmativas no estado, que começou de forma pioneira em 2003, quando a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) adotou o critério para selecionar vestibulandos.

 

Em tempo:


Prefeito sanciona lei que institui ensino sobre o Holocausto na rede municipal



Ruben Berta

RIO - O prefeito Eduardo Paes sancionou nesta terça-feira em Diário Oficial a lei de autoria da vereadora Teresa Bergher que "torna imprescindível a ênfase no ensino sobre o Holocausto" nas aulas de história das escolas da prefeitura. A nova regra deve começar a valer efetivamente no próximo ano letivo, já que foi estabelecido um prazo de 180 dias para a adaptação dos colégios.


O texto havia sido aprovado em segunda discussão no fim do mês passado . A vereadora Teresa Bergher tentava emplacar o ensino do Holocausto na rede municipal desde 2007, sem sucesso. O projeto foi aprovado pela Câmara em 2008, mas vetado pelo então prefeito Cesar Maia.


http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/05/10/prefeito-sanciona-lei-que-institui-ensino-sobre-holocausto-na-rede-municipal-924425525.asp



Em tempo 2: como se sabe, o notável antropólogo Ali Kamel - o Gilberto Freyre de nossos dias - escreveu obra seminal "Não somos racistas" , para demonstrar por que as cotas não são necessárias. Um dos argumentos é o de que o Brasil não tem maioria negra. Porque os negros existem, mas são poucos. O que tem mesmo no Brasil são "pardos". Ou seja, trata-se de uma corrente da antropologia do século XIX AC que atribuiu aos "pardos" - especialmente os da Escandinávia - atributos genéticos dos arianos.