Cerra compara Bolsa Família a resíduo sólido
Saiu na pág. 7 do Globo de hoje um dos mais violentos artigos do Padim Pade Cerra contra os que o derrotaram: o Nunca Dantes e a JK de saias?:
“A miséria (sic) do ‘Brasil sem Miséria’”
A certa altura, com a pena cheia de rancor, diz o jenio:
“Nada contra, tudo a favor, reuso e reciclagem de resíduos sólidos. Mas, em se tratando de políticas públicas, a boa pratica está em avaliar e ajustar programas.
“Não emplacou” – é o que ele diz o Fome Zero, um programinho que a ONU considera a mais eficaz política de inclusão social – com condicionalidades, como a matricula obrigatória das crianças na escola.
O Fome Zero ajudou a tirar 28 milhões de brasileiros da miséria.
Uma miséria, diria o jenio rancoroso.
Agora, o Governo pretende erradicar a miséria, que hoje se concentra em 16 milhões de brasileiros.
Cerra diz que o Fome Zero “foi aplaudido sem nunca ter existido (sic)”.
E que o Brasil sem Miséria não passou de um “oba-oba publicitário” (nada que se compare àquele cano que ele ia levar de Sergipe ao Ceará, na campanha eleitoral, nem à bolinha de papel).
Segundo ele, o Brasil sem Miséria teve a finalidade de reanimar um programa de Governo que “cuja principal marca é a hesitação”.
Mais rude e rasteiro foi o vice da chapa do Cerra, o Álvaro Dias, que disse, ao copiar D. Monica Cerra, a grande estadista que a campanha presidencial de 2010 revelou:
“Há gente que não quer trabalhar porque não quer ter a carteira assinada para não perder o Bolsa Família. Estimula a preguiça, ” disse Dias, depois de devidamente triturado pela Senadora Gleisi Hoffmann, quando ainda estava no Senado.
Dias é um plagiador, ela disse.
Mal sabe o Dias que, dos beneficiados pelo Bolsa Família em idade ativa (e que podem trabalhar) 67% trabalham.
O amigo navegante há de se lembrar o do que o Padim Pade Cerra dizia na campanha,
Que ia transformar o Bolsa Família no IBMEC do Sertão.
Décimo Terceiro, pós graduação em Harvard, assistência médica no Albert Einstein e cardápio do Fasano !
Quem tinha razão era aquele amigo navegante mineiro, que sempre disse: o Cerra vai vender o Bolsa Família à WalMart.
Este ansioso blogueiro já tinha visto este filme.
O Dr Roberto Marinho era contra o Brizolão porque, dizia, ia criar uma casta no morro – a dos meninos que passavam o dia no Brizolão.
Roberto Marinho, como se sabe, preferia a Casta da Comunicação.
Aí, o candidato dele à sucessão do Brizola, o Welington Moreira Franco, depois de eleito, detonou os Brizolões.
A elite tem pavor de filho de pobre que vai à escola.
No Bolsa Família ou no Brizolão.
Mais pavor ainda quando ele se inscreve no ENEM, que este ano chegou a 5 milhões de estudantes.
Um horror !
Quando o Cerra elogiava o Bolsa Família na campanha eleitoral, a Presidenta reagia: ele detonou os programas sociais do antecessor, que era do próprio partido dele, o Alckmin.
O que move o Cerra é a derrota.
Prá trás.
Paulo Henrique Amorim