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Quem é Bernardo, o homem dos transportes ?

O post “Requião expulsa Bernardo do gabinete” provocou irados comentários de amigos navegantes.
publicado 20/06/2011
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O post “Requião expulsa Bernardo do gabinete e o denuncia ao Ministério Público Federal” provocou irados comentários de amigos navegantes.

Muitos diziam que essa era uma “denúncia requentada”, como se isso a desmerecesse.

Cabe, portanto, fazer alguns esclarecimentos para acalmar navegantes amigos.

O episódio da expulsão do Ministro e de Bernardo Figueiredo do gabinete do então governador do Paraná, Roberto Requião, ocorreu três anos atrás.

Requião não o divulgou.

Encaminhou o problema ao Governo Federal, então liderado pelo Presidente Lula.

O Governo Federal pôs para funcionar os mecanismos usuais de apuração de irregularidades.

E, depois de algum tempo, considerou que não havia irregularidade ou não era tão grave assim.

Foi o que se fez saber a Requião.

Requião entendeu como natural: os instrumentos de auto-correção dos governos costumam agir assim, em qualquer esfera.

Requião, então, denunciou o então ministro do Planejamento Paulo Bernardo e seu acompanhante Bernardo Figueiredo ao Ministério Público Federal do Paraná.

Agora, em abril, no dia 15, uma sexta-feira, quando Brasília e o Senado ficam desertos e os senadores falam para a TV Senado, Requião fez a denúncia, de novo.

Por que tanto tempo depois ?, perguntarão os amigos navegantes.

Requião sofre vários processos judiciais.

Esta mesma denúncia gerou um processo que está no Supremo.

Requião resolveu explicar por que o processam, de que denúncia se trata.

O discurso no Senado foi feito bem antes da escolha de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil, o que, portanto, exime o gesto do Senador de tentar interferir na política interna do Paraná.   

Na verdade, o discurso do Senador ilumina dois personagens da política brasileira.

Um, o Ministro das Comunicações, alvo, já, de críticas pela forma de conduzir a discussão do marco regulatório do PiG (*) e a banda larga, ou, como se diz aqui, a suspeita de que ele queira vender a Telebrax.

O outro, menos conhecido, é Bernardo Figueiredo.

Operador da área de transporte, desde a privatização feroz do Governo do Farol de Alexandria.

E um notável sobrevivente: ora na empresa privada, ora na atividade pública.

É o mundo encantado das PPPs, as parcerias público-privadas.

Que encanta todos os partidos.

Viva o Brasil !

Em tempo: este ansioso blogueiro ficou curioso: será que o amigo navegante sabe de coisas da ALL que este ansioso blog devesse publicar ? Parece ser empresa estratégica deste novo Brasil !


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.