Bernardo faz acordo da banda sem saber como fiscalizá-lo
Saiu no Estadão online:
Banda larga popular estará disponível em até 90 dias, diz Bernardo
Oferta é de 1 megabit por segundo a R$ 35; qualidade do serviço será definida por regulamentos que devem ser votados pela Anatel em 28 de julho
Karla Mendes, da Agência Estado
BRASÍLIA - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou oficialmente nesta quinta-feira, 30, o fechamento do acordo com as operadoras de telefonia para oferta de banda larga de 1 megabit por segundo a R$ 35 no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A oferta estará disponível em até 90 dias
O preço cobrado pelas empresas será o mesmo, independente se o serviço disponível for banda larga será fixa ou móvel. Bernardo fez questão de frisar que o usuário não estará obrigado a contratar outros serviços, como uma linha de telefone fixo, por exemplo, para ter acesso à banda larga popular.
A previsão do ministro é que a adesão ao PNBL seja superior a 70% dos consumidores que não têm banda larga atualmente. Assinaram o acordo as concessionárias de telefonia fixa Oi, Telefônica, Sercomtel e CTBC.
Os parâmetros de qualidade da banda larga ofertada serão definidos por regulamentos que serão aprovados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo o ministro das Comunicações, o regulamento de qualidade da banda larga fixa será votado pela Anatel em 28 de julho e, posteriormente, será colocado em consulta pública.
O regulamento que estabelece padrões de qualidade da internet móvel já passou por processo de consulta pública. Os dois regulamentos deverão estar aprovados pela Anatel e publicados no Diário Oficial da União até 31 de outubro. O compromisso foi firmado ontem pelo presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, perante a presidente Dilma Rousseff.
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A Anatel do embaixador Sardemberg, que morre de medo de punir as teles, um dia, anunciará como vai punir as teles que não cumprirem o acordo do Bernardo.
As punições do embaixador, um especialista em enxugar gelo, serão submetidas a uma consulta publica.
Se tudo correr bem, as teles se consultarão e determinarão que punições consideram apropriadas.
O embaixador do enxuga gelo considerará que as teles, em benefício próprio e para preservar o mercado, fixarão as punições mais razoáveis.
Desta forma, o Bernardo terá concluído parte da obra de privatizar a Telebrax.
Faltará realizar a obra da Ley de Medios, que será devidamente submetida a uma consulta pública, ou seja, aos filhos do Roberto Marinho.
O antecessor do Bernardo, o Hélio Costa, que trabalhou no serviço de propaganda do governo americano, segundo o Wikileaks, clique aqui para ler no Opera Mundi, quis compensar os americanos da perda do padrão digital para o Japão e ofereceu aos antigos patrões o sistema de rádio digital americano.
O ministério das Comunicações, portanto, parece uma Câmara de Compensação.
O Bernardo faz uma banda para não constranger as teles.
E depois uma Ley de Medios para não constranger os filhos do Roberto Marinho.
E la nave va.
Em tempo: informa Samuel Possebon na respeitada Teletime que as multas às telefônicas jamais serão pecuniárias. Oba !
Paulo Henrique Amorim