O Conversa Afiada reproduz critica severa da amiga navegante Tereza aos programas “Saúde não tem Preço” e Farmácia Popular:
Tereza
13 de julho de 2011
Olá PHA! A iniciativa da presidenta Dilma foi ótima. Entretanto, o “Programa Saúde Não Tem Preço”, está dificultando a vida de muitos idosos, pois com Lula tinham desconto de até 90% quando eram aposentados ou pensionistas e agora estão pagando integralmente o valor do remédio. Uma idosa da minha família que tem 84 anos e é diabética há 40 anos necessita do medicamento de uso contínuo (novolin n penfill 100ui/ml 3ml – 5 carpule – suspensão injetável – princípio ativo: insulina humana. Que comprava a sua insulina por no máximo R$50,00 (cinqüenta reais) passou a pagar R$100,00. Ela necessita usar duas por mês. Ela tentou adquirir essa medicação pela gratuidade do programa de co-pagamento da Farmácia Popular do Brasil nas redes da farmácia Pague Menos localizadas na (avenida dr. Belmiro corrêia 475 loja a bairro novo Carmelo-Camaragibe-PE e a outra na avenida Conselheiro Rosa e Silva 1997 – bairro das Graças em Recife -PE.
Também tentou na mesma rede de farmácias em Maceió-AL. Nestes estabelecimentos não conseguiu adquirir o medicamento de forma gratuita, as farmácias disponibilizavam apenas através de venda. Pois diziam que o sistema do governo não libera esse tipo de medicamente. No entanto, o medicamento consta na relação do programa saúde não tem preço, encontrada no site do Ministério da Saúde. Eu entrei em contato com SAC da farmácia pague menos (08002751313) e obtive a informação de que a culpa seria do governo e que o laboratório que disponibiliza a insulina estava cobrando um valor alto neste produto e que se eles se disponibilizassem a medicação de forma gratuita teriam um prejuízo nesse repasse.
Como tinha entrado antes em contato com o laboratório (Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda) e obtido a informação de que eles haviam aderido sim ao programa e que era a farmácia que não estava repassando o medicamento, passei essa informação para o atendente do SAC da referida farmácia. Então, o atendente disse que a referida farmácia não tinha aderido ao programa de forma total, pois a farmácia escolhia quais medicamentos do programa do Governo eles repassariam à população. Em virtude das informações obtidas, entrei em contato com o Ministério da Saúde e obtive a informação que a farmácia teria que aderir completamente ao programa e não parcialmente como dito pelo atendente do SAC da citada rede de farmácias. Então, prestei uma reclamação que foi devidamente registrada no dia 11.05.2011, que segundo a atendente seria encaminhada para o Programa Farmácia Popular Do Brasil – Daf/Sctie. No mesmo dia recebi dois e-mails da Ouvidoria Geral Do SUS / Ministério da Saúde.
Um e-mail enviando o número do protocolo da reclamação e outro com o número e a senha de acesso para acompanhamento do processo. Como não obtive resposta do Programa, fui novamente à farmácia Pague Menos verificar se o problema tinha sido resolvido. Contudo, continuava tudo igual, mas tive uma surpresa: obtive acesso ao e-mail, enviado pela Matriz, onde dizia explicitamente que só deveria ser repassado gratuitamente algumas insulinas do programa do Governo. Insulinas essas facilmente obtidas nos postos de saúde da Prefeitura. O que invalida o Programa proposto pela Presidenta. Todos os funcionários apresentam a relação de medicamentos indicados pela citada farmácia para o repasse à população dizendo ser essa a relação do “Programa Saúde Não Tem Preço”.
Curiosamente, um remédio para renite que eu compro mensalmente passou a fazer parte da farmácia popular e desde então, sumiu dessa farmácia por dois meses em Recife-PE e até agora em Maceió – AL. Consegui comprar em Recife apenas um frasco quando o médico prescreveu dois frascos ao mês. A informação que recebi do atendente foi que o governo liberou apenas um frasco. Até hoje não recebi resposta da Farmácia Popular do Brasil. Para mim, tem corrupção aí. O que você opina?