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Chávez vem se tratar no Brasil. CPMF II, já !

O Conversa Afiada reproduz importante post do Tijolaço que trata da vinda de Hugo Chávez para tratar de um câncer no Brasil
publicado 15/07/2011
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O Conversa Afiada reproduz importante post do Tijolaço que trata da vinda de Hugo Chávez para tratar de um câncer no Brasil.

É motivo para se discutir de novo a necessidade de garantir recursos só para a Saúde de todos.

E restabelecer a CPMF, que foi abolida por uma coalizão sinistra que reuniu a FIE P (*), o Farol de Alexandria e um ignoto senador do Amazonas, devidamente derrotado, um Arthur Cardoso.

Viva a medicina brasileira! Que seja pra todos…


Os dramas humanos também servem para que a gente meça os avanços de uma sociedade. Já se falou muito, aqui, que o melhor hospital era o aeroporto, pois tratamentos complexos bons  – para os poucos que podiam -  eram os prestados no exterior. A notícia, agora, que o presidente Hugo  Chávez virá fazer aqui a recuperação do tumor que lhe foi extraído em Cuba, convencido pelo presidente paraguaio, Fernando Lugo, que disse que aqui lhe salvaram a vida, mostra o quanto a capacidade da medicina brasileira é grande, respeitável e admirada.


Mais uma razão para lutarmos para que este bom atendimento – que muitas vezes não depende apenas da capacidade – esteja ao alcance de todos.   Precisamos regulamentar a emenda 29, que garante recursos  à Saúde e, ao mesmo tempo, conseguir fontes de financiamento para o setor.


Houve muita demagogia – e também má condução política – na questão da CPMF. Se a destinação exclusiva para a Saúde tivesse sido sempre garantida e se a contribuição incidisse apenas sobre a movimentação financeira dos  bem aquinhoados – como só tardiamente o governo propôs – o resultado poderia ter sido outro e o imposto poderia ter sido mantido, para movimentações financeiras de alto valor. Como todo mundo viu, não passou de balela aquela história de que o fim do imposto iria baixar os preços.


Bastaria ter isentado de incidência as movimentações financeiras acima de dez ou quinze salários-mínimos mensais – quem movimenta isso, normalmente? – e a contribuição não seria vista com maus olhos pelo povão e pela pequena classe média, que é arrochada ao extremo nos planos de saúde.


Temos de perder o medo de sermos “antipáticos”  por querer taxar os mais ricos  para que toda a população tenha bons serviços médicos. Já se mostrou aqui que os ricos, no Brasil, pagam pouquíssimo imposto. Metade do que pagam nos EUA.


Temos uma medicina de primeira linha, em matéria de capacidade e conhecimento científico. Precisamos encontrar os meios para fazê-la acessível a todas as pessoas.


E para isso, precisamos perder o medo de afirmar que pode haver imposto sem justiça social, mas não pode haver justiça social sem imposto para quem pode pagá-los.

 

 

(*) FIE P – Este ansioso blog se refere à FIESP desta forma, sem o “$”. Porque, ao liderar a campanha contra a CPMF, que contou com a brava participação do farol de Alexandria e de um ignoto senador pelo Amazonas, Virgilio Cardoso, a FIE P preferiu dar prioridade ao $ em detrimento do remédio das crianças. A CPMF, como se sabe dificultava o emprego do “por fora”, que, em São Paulo, se chama de “bahani”.