Gerdau e a gestão na Educação. Ele quer poupar uma Gerdau por ano
O ansioso blogueiro encontrou Jorge Gerdau Johannpeter no aeroporto.
Jorge viaja de avião de carreira.
Não tem assessor.
Quando desembarca em Brasília pega o próprio carro.
E nao tem gabinete nem secretária paga pelo Governo.
E desempenha função estratégica central no Governo Dilma.
A Gerdau é uma das maiores empresas de siderurgia do mundo.
Hoje, porém, é mais fácil falar com ele do Museu do Iberê Camargo, que Jorge ajudou a criar em Porto Alegre, do que da trajetória vitoriosa da Gerdau.
A Presidenta convidou Jorge para instalar princípios de gestão no Governo.
E Jorge está feliz, porque trabalha com três fanáticas por gestão: a Presidenta, Gleisi Hoffmann e Miriam Belchior.
Mais obcecadas do que eu, me disse ele.
E é difícil.
Jorge tem duas metas nesse novo trabalho - não é maravilhoso você poder trabalhar pelo Brasil e não ter salário ? - ele se pergunta.
Gastar menos e abrir espaço para reduzir os juros.
Por exemplo, por que o Brasil nao pode gastar R$ 100 bilhões a menos para pagar a divida interna ?
Por que o Brasil tem que ter a taxa de juros mais alta do mundo ?
Por que a taxa de juros não pode ser de 6% ?
Ele esteve em Brasília também ontem - ele paga a passagem do próprio bolso.
Participou de um evento sobre gestão na Educação.
Com a ajuda da FGV-Rio, o Ministério da Educação montou um sistema de concorrência online, publico, transparente (alô, alô brindeiro Procurador)
Isso vale para comprar ônibus escolar, móveis e notebook/lousa.
Um notebook que dá ao professor acesso aos sites da internet que enriqueçam a aula.
O sistema pode se ampliar para licitações em prefeituras e os gastos caírem, com o aumento do volume.
Diz Gerdau: é revolucionário, porque é cultural.
Porque entram na Cultura do gestor em Educação os conceitos de eficiência e transparência.
Jorge Gerdau Johannpeter, 74 anos, sai do aeroporto com a rapidez do campeão brasileiro de Hipismo que foi, aos 30 anos.
Parece uma criança.
Paulo Henrique Amorim