6ª Economia do Mundo. E não se defende da Globo
A pseudo-crise da distribuição das verbas do Ministerio da Integração foi obra exclusiva da Globo.
Clique aqui para ler “Enchente: a Globo manda na Dilma ?”; aqui para ler “Ministro afoga o PiG – III e a Globo acusa a Dilma”; e aqui para ler “Eduardo Campos, a Globo te espera na esquina”.
Não houve “desvio”, foi tudo autorizado pela Presidenta e não faltou verba para Estado nenhum.
Verba que tivesse projeto aprovado pelos técnicos.
São Paulo não recebeu o que deveria receber, porque não teve competência – a do Eduardo Campos – para realizar os projetos necessários.
A Globo criou a crise para derrubar um Ministro – para governar a Dilma, como diz o Oráculo.
O Governo administrou mal a crise.
Se faltou dinheiro no Rio, é porque, em parte, o Governo do Estado deu o dinheiro da prevenção à Fundação Roberto Marinho.
(E o Zé Cardozo vai investigar a Fundação Roberto Marinho ?)
Apanhado no contra-pé das férias, o Governo Federal custou a dizer que o Ministro não desviou nada – tudo feito pela mão da Presidenta e do Governador, porque Pernambuco – eficiente – tratou de se defender de uma circunstância trágica: três enchentes em dez meses.
O Governo deixou “molhar” para o PiG (*) a sensação de que levava as acusações a sério.
E passou mel na Globo.
Tudo isso se dá num ambiente de crise verdadeira – a chuva que cai sistematicamente num país tropical, no verão.
A questão estratégica é a prevenção.
A previsão da intensidade da chuva.
O Governo de Pernambuco gastou R$ 2 bilhões para consertar o estrago das três enchentes.
E vai usar R$ 500 milhões em obras de prevenção.
Essa é a questão central: gastar mais em prevenção e menos em conserto.
A Globo está interessada em discutir isso ?
Não, porque a Globo não tem compromisso com o Brasil (quando governado por um Presidente trabalhista).
A Globo quer que o Brasil se afunde (num Governo trabalhista).
Ética jornalistica ?
Nem com manobristas, como demonstrou o assim chamado jornal Hoje.
O mais grave, porém, é que a Sexta Economia do Mundo não tem como se defender de uma rede de televisão.
A rede de televisão dissemina o pânico e a insegurança, no meio da temporada de chuva.
Milhões de brasileiros atemorizados, a olhar para céu, com medo da tempestade.
Ligam na Globo em busca de informação, serviço público de urgência e têm a sensação de que o Governo é inepto, mantém um ministro pernambucano que toma a grana de Minas, do Rio e do resto do país, para aplicar em seu reduto eleitoral.
E não se vê informação sobre serviço público, assistência de emergência – nada disso.
Onde me abrigo ?
Vai chover ?
Como pego o Bolsa Aluguel ?
Nada !
O Governo não tem veículo, instrumento para informar, para prestar serviço.
O verão mal começou e a insegurança na região serrana do Rio, em Angra dos Reis, no Morro do Bumba em Niterói, em Santa Catarina só faz aumentar: “que Governo é esse, que não pensa em mim, e deixa esse pernambucano – logo um Nordestino, com esse sotaque ! - desviar o dinheiro que ia salvar o meu puxadinho “.
E os efeitos da Globo sobre a máquina da administração ?
Com que entusiasmo o burocrata do segundo escalão dos Ministérios das Cidades, da Integração, da Ciência e da Tecnologia vai se mobilizar para prevenir e consertar, se o Governo é essa desgraça que aparece na Globo ?
Se não existe um centro de informação de emergência que alcance o país inteiro.
Uma rede nacional.
Por que não ir para o horário nobre e informar a população ?
Entrar imediatamente depois do jornal nacional.
Sete minutos por dia.
Vai dessarumar a grade da Globo ?
Quem ousaria ?
Se a CBF não mexe na grade da Globo, por que a Presidência da República ousaria ?
Viva o Brasil !
A Presidenta Dilma e seu (ainda ?) Ministro Bernardo, assim como o Presidente Nunca Dantes, se imobilizaram diante da Globo.
O Governo trabalhista do Brasil (exceção a Brizola) é refém da Globo.
Tem medo do Ali Kamel, dos lábios apertados da Patrícia Poeta, dos gráficos da Urubóloga e da respiração adjetivada da Zileida Silva.
Teme que a classe média se sensibilize com a lorota da “liberdade de imprensa” para os filhos do Roberto Marinho.
Experimente exercer a “liberdade de imprensa” num veículo da família Marinho, amigo navegante.
O que está em jogo é a Segurança Nacional.
O funcionamento das Instituições.
A eficiência do aparelho do Estado.
Nenhuma televisão do mundo Civilizado se invocaria o poder de interromper as férias do Presidente da República para enfrentar uma crise que ela, a televisão, engendrou e ampliou.
E no dia em que houver uma crise internacional ?
Vamos supor que Quinta Frota do Tio Sam vá para as milhas 201, ponha o canudinho lá embaixo e comece a chupar o pré sal da Petrobrás para dar à Chevron do Cerra.
O que fará a Globo ?
Vai dar apoio à Quinta Frota, como o Roberto Marinho deu em 1964.
(E o historialismo oficial diz que o Golpe militar foi para evitar o Golpe do Jango que, gostava mesmo era de coristas...)
A TV Globo vai empunhar a bandeira americana e fazer com a Petrobrás tudo o que o colonista (**) Adriano Pires e o Davizinho pregam no PiG (*).
(E o Cerra prometeu à Chevron.)
O que vai fazer o Estado brasileiro ?
Ficará imobilizado, inerte, ligado na Globo.
Não vai fazer nada porque não tem como fazer.
Não sabe.
E se soubesse não teria como se defender da Globo.
É melhor a crítica desonesta, aética, ininterrupta - do Bom ? Dia Brasil ao jornal da Globo - do que o silêncio das armas.
Tudo bem.
E a Segurança do Estado ?
E a defesa dos cidadãos ?
Como cuidar disso ?
Acorda, Bernardo !
O Brasil é maior do que a Globo.
Não parece.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.