STF x Calmon: quem é a “turba”? Esse (Collor de) Melo ...
Segundo o Houaiss, “turba” significa:
1. grande número de pessoas, esp. quando reunidas; multidão, turbamulta, turbilhão
Exs.: a t. dos poetas medíocres
a t. das grandes cidades, ávida de eventos gratuitos
2. multidão em movimento ou desordem, potencialmente violenta; turbamulta, turbilhão
Ex.: a t. das ruas durante a Queda da Bastilha
3. o conjunto dos grupos menos favorecidos de uma comunidade; o vulgo, o populacho
Ex.: é difícil fazer-se ouvir pelos doutos, quanto mais pela t.
4. Derivação: por extensão de sentido.
multidão de animais, esp. em desordem ou aparente desordem
Ex.: as t. de gnus durante as secas na África
5. coro de vozes
- nos três primeiros sentidos, esta palavra é freq. de emprego pejorativo
Em tempo: o amigo navegante Ray Silveira enviou importante contribuição à compreensão dos verdadeiros sentimentos do ministro (Collor de) Melo:
Ray Silveira [email protected] | Enviado em 20/01/2012 às 19:52O que é ” a turba?” Ora o que é a turba! É aquilo mesmo que em 1789 derrubou um monumento imponentíssimo na França apelidado de Bastilha. |
Amigo navegante telefona para chamar a atenção de entrevista (por telefone – só no Brasil Ministro do Supremo dá entrevista por telefone !) do Ministro Marco Aurélio (Collor de) Melo ao jonal Brasil Economico desta quinta-feira, na pág. 6.
É uma peça de antologia.
A começar pelo estilo pedante e incompreensível (até por telefone):
“A atuação da Ministra Eliana na administração do CNJ tem discrepância (sic) na potencialização (sic) do objetivo de investigar e punir, em detrimento ao (sic) prejuízo do meio jurídico para atingir tal fim (sic).”
Entendeu, amigo navegnate ?
Trata-se de um jenio !
Pobre Vieira !
Camões, onde estás ?
Mas, isso é pouco.
A seguir, o Ministro (Collor de) Melo, que tenta sepultar o CNJ com a mesma potencialização com que deu fuga ao banqueiro Cacciola, no passado, trata de uma tentativa de (de quem é a infeliz ideia ?) se criar uma “pauta positiva para o Supremo”.
Aí, diz ele, com inesperada potencialização:
“Dessa 'pauta positiva' não participo. O STF nunca atuou junto à turba, sob pressões”.
Até aí, a História o desmente.
Na votação do “mensalão” - que ainda está por provar-se, lembra o Mino Carta -, por exemplo, um Ministro votou com a faca no pescoço. Quem botou a faca ali ?
A “turba”.
Agora, amigo navegante, quem é a turba ?
O amigo navegante se inclui na turba ?
A opinião pública é a turba ?
O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*), uma vez se referiu ao Zé Mané do botequim.
Que ele também não estava ali para votar de acordo com a turba.
É por isso que este ansioso blogueiro morre de inveja da Argentina.
A Cristina fez a Ley de Medios.
O marido dela, o Néstor, botou os militares torturadores na cadeia.
E demitiu os ministros do Supremo nomeados pelo Menem (uma cruza de Collor com Fernando Henrique, o “inventor” do Gilmar Dantas (*)).
Ah, que inveja !
Paulo Henrique Amorim
(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.