Erundina empurra a Comissão da Verdade
Saiu no Valor: Deputados vão auxiliar seções estaduais e vasculhar acervo do Congresso.
publicado
05/04/2012
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Saiu no Valor:
Deputados vão auxiliar seções estaduais e vasculhar acervo do Congresso
Paralelamente à Comissão Nacional da Verdade, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Deputados criou uma subcomissão parlamentar de memória e verdade. Presidido pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP), o grupo vai reunir e encaminhar ao órgão nacional testemunhos de pessoas que possam prestar informações sobre violações cometidas por agentes públicos entre 1946 e 1988, vasculhará o acervo de documentos da Câmara e do Senado sobre o período da ditadura e prestará auxílio a comissões espalhadas pelos Estados e municípios.
"Não queremos concorrer com a comissão nacional e sim auxiliá-la. Mas o fato é que muita gente nos procura disposta a falar, trazer informações. As pessoas vivem atormentadas, se sentem ameaçadas por esse passado", diz a deputada. "Mas é importante que os trabalhos comecem o quanto antes, já que várias pessoas que viveram o período da ditadura estão com certa idade. Não teremos outra chance de ouvi-las".
No dia 28, durante o 12º Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos, anunciou a criação da Rede Legislativa pela Verdade e Justiça. Representantes de 17 assembleias legislativas do país compareceram ao evento.
Anteontem, três testemunhas da Guerrilha do Araguaia - o ex-soldado Raimundo de Melo e o ex-sargento José Antonio Perez, que combateram a guerrilha, e o camponês Lauro dos Santos, mutilado por uma bomba do Exército durante os conflitos - falaram à subcomissão. Entre as informações colhidas, disseram conhecer locais na região onde podem ser encontrados restos mortais dos guerrilheiros. Segundo Erundina, um dos ex-militares disse à época ter sido até torturado durante o treinamento do Exército para aprender como deveria lidar com os procurados. As testemunhas afirmaram já terem sofrido emboscadas até hoje receberem ameaças de morte.
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Clique aqui para ler entrevista do professor Luiz Claudio Cunha à Carta Maior.
O pessoal da “Verdade Sufocada” está num sufoco.
A Hildergard Angel que o diga.
Paulo Henrique Amorim