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Banco do Brasil baixou os juros. Por quê ?

O financiamento à casa própria dobra a cada ano. Chega hoje a R$ 7,5 bilhões, ao ano
publicado 09/04/2012
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No programa Entrevista Record Atualidade que vai ao ar nesta segunda feira, às 22h15, na Record News, depois do programa do Heródoto Barbeiro, o ansioso blogueiro conversou com Paulo Rogério Cafarelli, vice-presidente do Banco do Brasil sobre a decisão desta semana de oferecer ao mercado R$ 43 bilhões adicionais a juros mais baixos.  

Por exemplo, no crediário, a taxa mais alta caiu de 4% para 1,98%.

No financiamento de veículos, de 3,79% a 2,65%.

No crédito consignado, de 2,04% para 1,8%.

O Banco do Brasil adotou essa política agressiva de  atacar o mercado, porque desde janeiro de 2012 todo correntista pode optar por receber o salário no banco que quiser.

O BB tem 13 milhões de contas de salário.

Para manter o cliente, desde o fim do ano passado ele estuda como reduzir taxas para segurar o cliente, ou, como se diz agora, “fidelizar”.

Passar do regime de “transação”, diz Caffarelli, para o de “relacionamento”.

Nesse esforço, o BB procurou reformar boa parte de suas 5 mil agências e contratou 10 mil novos funcionários.

O ansioso blogueiro perguntou sobre a acusação do PiG (*), especialmente o de São Paulo, de que o BB só faz isso porque pode conviver com uma inadimplência maior do que a dos bancos privados.

Seria uma concorrência “desleal”: como é um banco estatal, o BB pode conviver com uma inadimplência que o setor privado não aguenta.

Caffarelli expicou que não é bem assim.

É o contrário.

A taxa de inadimplência do BB é de 2,1%, enquanto a do mercado é de 3,6%.

Além do mais, quanto maior a carteira, menor a inadimplência.

E o BB espera, com as medidas de agora, batizadas de “Bom para Todos”, reduzir ainda mais a  inadimplência.

O Banco do Brasil também migrou para o finciamento à casa prórpia, que ele não fazia até 2003.

O financiamento à casa própria dobra a cada ano.

Chega hoje a R$ 7,5 bilhões, ao ano.

E, com a adesão ao Minha Casa Minha Vida, Caffarelli espera chegar a 2014 como um dos três maiores do setor de habitação.

E os bancos privados vão ter que correr atrás do BB e Caixa ?  - clique aqui para ler “BB e Caixa reduzem os juros e põem os outros para se coçar”.


Caffarelli acredita que sim.

A competição é muito grande.

E ninguém pode ficar parado.

Paulo Henrique Amorim