Banco do Brasil baixou os juros. Por quê ?
No programa Entrevista Record Atualidade que vai ao ar nesta segunda feira, às 22h15, na Record News, depois do programa do Heródoto Barbeiro, o ansioso blogueiro conversou com Paulo Rogério Cafarelli, vice-presidente do Banco do Brasil sobre a decisão desta semana de oferecer ao mercado R$ 43 bilhões adicionais a juros mais baixos.
Por exemplo, no crediário, a taxa mais alta caiu de 4% para 1,98%.
No financiamento de veículos, de 3,79% a 2,65%.
No crédito consignado, de 2,04% para 1,8%.
O Banco do Brasil adotou essa política agressiva de atacar o mercado, porque desde janeiro de 2012 todo correntista pode optar por receber o salário no banco que quiser.
O BB tem 13 milhões de contas de salário.
Para manter o cliente, desde o fim do ano passado ele estuda como reduzir taxas para segurar o cliente, ou, como se diz agora, “fidelizar”.
Passar do regime de “transação”, diz Caffarelli, para o de “relacionamento”.
Nesse esforço, o BB procurou reformar boa parte de suas 5 mil agências e contratou 10 mil novos funcionários.
O ansioso blogueiro perguntou sobre a acusação do PiG (*), especialmente o de São Paulo, de que o BB só faz isso porque pode conviver com uma inadimplência maior do que a dos bancos privados.
Seria uma concorrência “desleal”: como é um banco estatal, o BB pode conviver com uma inadimplência que o setor privado não aguenta.
Caffarelli expicou que não é bem assim.
É o contrário.
A taxa de inadimplência do BB é de 2,1%, enquanto a do mercado é de 3,6%.
Além do mais, quanto maior a carteira, menor a inadimplência.
E o BB espera, com as medidas de agora, batizadas de “Bom para Todos”, reduzir ainda mais a inadimplência.
O Banco do Brasil também migrou para o finciamento à casa prórpia, que ele não fazia até 2003.
O financiamento à casa própria dobra a cada ano.
Chega hoje a R$ 7,5 bilhões, ao ano.
E, com a adesão ao Minha Casa Minha Vida, Caffarelli espera chegar a 2014 como um dos três maiores do setor de habitação.
E os bancos privados vão ter que correr atrás do BB e Caixa ? - clique aqui para ler “BB e Caixa reduzem os juros e põem os outros para se coçar”.
Caffarelli acredita que sim.
A competição é muito grande.
E ninguém pode ficar parado.
Paulo Henrique Amorim