Carta, Leandro e Record afogam Globo na Cachoeira
A revista Carta Capital que está nas bancas com reportagem de Leandro Fortes provocou um desdobramento no Jornal da Record.
A Globo se afogou na Cachoeira do Dadá, do Demóstenes, do Policarpo, do Robert(o), do brindeiro, aquele por quem a Globo põe a mão no fogo – clique aqui para ver vídeo inacreditável.
A Globo está, assim, de corpo inteiro nessa pajelança que liga o PiG (*) ao crime organizado e lança suspeitas sobre a alta cúpula da Justiça brasileira, da Procuradoria-Geral da República ao Supremo: clique aqui para ler “Gilmar tem que processar Lula e levar Johnbim como testemunha”.
Diz o Leandro:
Na tarde da terça-feira 22 um assessor do vice-presidente da República, Michel Temer, Márcio Freitas, fez uma ligação urgente para a redação em Brasília de Época, revista semanal da Editora Globo. Do outro lado da linha, o diretor da sucursal, Eumano Silva, ouviu a informação de que circulava um zunzunzum entre alguns repórteres da capital: a Polícia Federal havia localizado nos autos da Operação Monte Carlo interceptações telefônicas nas quais Silva e Idalberto Matias Araújo, o Dadá, combinavam a publicação de uma reportagem contra uma concorrente da Delta Construções, a empreiteira-mãe da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Freitas informou ainda a Silva sobre a suspeita de que as informações colhidas pela PF haviam vazado para CartaCapital. “Há o boato de que você está sendo demitido por isso”, disse o assessor de Temer ao chefe da sucursal de Época. “Eu não sei de nada, continuo diretor”, respondeu Silva, segundo relato do próprio Freitas.
A essa altura você já deve ter se perguntado sobre o motivo do interesse de um assessor do vice-presidente em conferir com o diretor de Época a veracidade ou não de um boato sobre suposta reportagem de revista concorrente. Simples: desde o início de maio, Temer tornou-se uma espécie de mensageiro da família Marinho. O vice de Dilma Rousseff tem ouvido e repassado os recados do grupo que comanda a Globo ao governo e aos integrantes da CPI do Cachoeira. E que pode ser resumido em um ponto: a mídia não pode virar alvo na CPI. Como naquelas brigas de gangue, vale o ditado “mexeu com um, mexeu com todos”. Isso inclui deixar de fora a mais explícita das relações do bando de Cachoeira com os meios de comunicação: aquela estabelecida com a revista Veja.
A excelente reportagem de Leandro Fortes, primeiro, aprofunda e expande informação neste ansioso blog antes veiculada: “Temer e o PMDB passaram a blindar a Globo”.
Diz o subtítulo da Carta: “O vice-presidente da República (Viva o Brasil ! - PHA) vira mensageiro da Globo, enquanto emerge a relação da revista Época com o contraventor.”
A Época, como se sabe, é um daqueles negócios pouco lucrativos que a TV Globo sustenta no conjunto das Organizações (?) Globo.
Leandro e a Carta descrevem duas reuniões de um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – no Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice Presidente da República (Viva o Brasil !).
Só que o vice presidente entrou na canoa na hora errada.
(No tempo do Dr Roberto, a Globo tratava de igual para igual com o Presidente; não era com o vice … Mudou a Globo e mudaram os presidentes ...)
Logo agora que a Globo é lançada de cabeça na Cachoeira.
Leandro vai mais fundo que revelar a ligação entre um diretor da Época e os interesses do Cachoeira.
Leandro reproduz um áudio da investigação da Operação Las Vegas – aquela em que o brindeiro Gurgel se sentou em cima por três anos – em que aparece também, um dos mais proeminentes produtores da TV Globo, Eduardo Faustini.
O Conversa Afiada já tinha farejado o afogamento da Globo, com a ajuda inestimável do Stanley Burburinho.
Quem é o Doni ?, perguntou o Conversa Afiada.
É o Eumano Silva, o diretor da Época em Brasília, êmulo, portanto do notável Policarpo, diretor da Veja em Brasília – aquele que a Globo se arrependeu de criticar.
Doni e Policarpo !
Viva a liberdade de imprensa dos donos da imprensa.
Diante das revelações e da inútil blindagem do vice presidente, breve, na Veja, se lerá um editorial de título:
“Os filhos do Roberto Marinho não são os filhos do Victor Civita”.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.