Mega-PAC. Dilma dá um show de Keynes !
Ao lançar o Mega-PAC, uma de suas primeiras referências foi a Eliezer Batista, Ministro das Minas e Energia de João Goulart, sentado na primeira fila.
Batista foi presidente da Vale, uma espécie de fundador de Carajás e um visionário, até hoje.
A seu lado, na cerimônia, Jorge Gerdau Johannpeter, que trabalha – sem salário – para Dilma, num programa de aperfeiçoamento da gestão pública.
Dilma fez um discurso de (ou para ?) irritar tucano.
Os juros começam a ficar compatíveis com a saúde da economia brasileira – e em padrões internacionais.
Porque os fundamentos econômicos são impecáveis – da inflação à relação dívida líquida/PIB.
A política trabalhista de crescer e incluir é um sucesso.
O emprego cresce.
Aumentou a renda.
40 milhões de brasileiros entraram na Classe Média.
O Governo combate a miséria “com a melhor tecnologia do mundo de inclusão social”: o Bolsa Família integrado ao Brasil sem Miséria, à política de incentivo à agricultura familiar, mais o Luz para Todos e agora o Água para Todos.
(Chora, FHC !)
O Brasil (sob governos trabalhistas) criou um dos maiores mercados de consumo do mundo, porque se tornou menos desigual.
(Chora, FHC !)
É um Brasil muito diferente de 2003, quando Lula recebeu a herança maldita do Cerra (Ministro do Planejamento) e do FHC.
Naquela altura cinzenta e medíocre, em 2003, o risco país era de 1000 pontos !!!
E esse custo estava embutido em qualquer projeto de infra-estrutura.
(Eles são uns jenios !)
Agora, disse ela, é preciso dar um salto à frente: aplicar em infra-estrutura, para oferecer mais e melhores empregos.
Porque é obrigação do Governo zelar, sobretudo, por aqueles que não têm estabilidade de emprego.
(Recado aos funcionários públicos grevistas.)
O Mega-PAC – que é uma complementação do bem sucedido PAC, já em curso – é para gerar tarifas de transporte mais módicas.
Mas, não é para fazer demagogia, disse ela.
É para buscar as tarifas mais módicas possíveis.
É para fazer o Brasil mais rico, mais forte, moderno e competitivo.
Ter uma infra-estrutura compatível com o seu tamanho.
Lembrou que as concessões agora anunciadas e as PPPs não são para acumular dinheiro nem pagar dívida.
(Chora, FHC !)
Ela quer uma logística sem donos (como aconteceu na Privataria Tucana), competitiva.
E comparou a seleção do Brasil à seleção olímpica de vôlei feminino.
Que soube virar quando parecia impossível.
Uma vez, o ansioso blogueiro perguntou a Jorge Gerdau Johannpeter se ele achava que a Presidenta tinha mudado.
Não, ele disse.
Ela pensa exatamente o que sempre pensou.
Só que ela passou a dar importância central à gestão na atividade pública.
E o que ele sempre foi, perguntaria o amigo navegante distraído.
Ela sempre foi keynesiana.
(Chora, FHC !)
Em tempo: extraído do Blog do Dirceu:
Plano não tem nada a ver com privatização nem com privataria
Agora, preparemo-nos para as costumeiras manipulações da oposição, que virá aí com sua velha cantilena de sempre de que os governos do PT criticam, mas fazem as mesmas privatizações feitas nos governos deles naqueles oito anos de FHC (1995-2002).
Percebem que o jogo, a manipulação e o estabelecimento da confusão é interessante para eles? Porque se envergonham e de quatro em quatro anos, a cada campanha presidencial, sequer assumem que privatizaram e tremem de medo de tratar do assunto...
Mas, as concessões lançadas hoje e as feitas nos dois governos Lula (2003-2010) não tem nada a ver com privatização e muito menos privataria, com aquela promovida pelos governos do PSDB. Até porque, dentre várias outras, há uma diferença fundamental.
Estas concessões dos governos do PT não vendem patrimônio. Ao contrário da privatização dos tucanos, pela qual entregavam o patrimônio nacional na bacia das almas, as concessões de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e demais do PT não são venda, são concessões - insisto - ao término das quais (25 ou 30 anos) são renovadas ou o patrimônio volta à União.
Paulo Henrique Amorim