Pertence queria ser Dilma. Já vai tarde
Saiu no Valor:
Pertence renuncia a cargo na comissão de ética do governo
O presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, renunciou ontem ao cargo, abrindo uma crise numa área sensível do governo. Pertence pediu demissão depois que a presidente Dilma Rousseff decidiu não reconduzir dois conselheiros - Marília Muricy e Fábio Coutinho - recomendados por ele.
Evandro Lins e Silva teve dois jovens assessores quando honrou o Supremo Tribunal Federal, na companhia de Hermes Lima e Victor Nunes Leal.
(Quem disse que nomear ministros de inclinação política definida faz mal ao Supremo ? Quem mais do que esses três, nomeados por JK e Jango, honrou o Supremo, ainda que sempre se soubesse que eram “do lado de cá”?)
Os dois assessores do Dr Evandro foram Pertence e Fábio Konder Comparato.
Comparato se dedica às causas dos Direitos Humanos.
Acaba de derrotar o Coronel Ustra, beneficiado pela infame Lei da Anistia, em litígios com as famílias de Merlino e Telles.
Comparato foi ao Supremo – e ainda espera pelo Supremo – para fazer o Congresso regulamentar os capítulos da Constituição que tratam de Comunicação.
Comparato foi à Justiça para obrigar o Brasil a cumprir os tratados que assina e, portanto, revogar a infame Lei da Anistia.
Pertence foi à Corte dos Direitos Humanos da OEA defender a Lei da Anistia.
A que beneficia Ustra e os promoveram o “asfixiamento” do Vladimir Herzog – clique aqui para ler “Justiça mandar mudar atestado de óbito de Herzog”.
Evandro, oh !, Evandro, que Comparato honre o teu legado por muito tempo, ainda !
Em tempo: quem nomeia na Comissão é a Dilma, não é isso, amigo navegante ?
Paulo Henrique Amorim