(Collor de) Mello dá a senha: é Lula, o 13
Saiu no Valor, na reportagem sobre o julgamento da “quadrilha”, em que Ayres Britto, até tu, Brutus, impediu o empate, e portanto, a absolvição:
STF condena 10 por crime de formação de quadrilha
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Em seguida, Marco Aurélio iniciou o seu voto lembrando que, quando assumiu a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2006, na época do escândalo do mensalão, criticou a tática de "avestruz" de então presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "enterrar a cabeça para deixar o vendaval passar". Ele comparou a quantidade de acusados por quadrilha ao número eleitoral do PT. "Mostraram-se os integrantes afinados, em número sintomático de 13", disse. "Houve uma quadrilha das mais complexas envolvendo os núcleos político, financeiro e publicitário. O entendimento se mostrou perfeito. A sintonia dos integrantes estaria a lembrar a máfia italiana."
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Saiu no Globo:
Defesa de Valério diz que Lula foi um dos protagonistas do mensalão
BRASÍLIA - Em memorial de defesa apresentado nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, faz ataques do PT e cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos protagonistas políticos do mensalão. Leonardo afirma que a base de sustentação do então governo petista, com o surgimento do escândalo, deslocou o foco para Valério. No memorial, o nome de Lula e de Valério aparecem sempre em maiúsculas.
"A classe política que compunha a base de sustentação do Governo do Presidente LULA, diante do início das investigações do chamado “mensalão”, habilidosamente, deslocou o foco da mídia das investigações dos protagonistas políticos (Presidente LULA, seus Ministros, dirigentes do PT e partidos da base aliada e deputados federais), para o empresário mineiro MARCOS VALÉRIO, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos", afirmou Marcelo Leonardo no documento.
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O Conversa Afiada já desenhou esse trajeto: condenado Dirceu, agora o PiG (*), o MP e o Supremo vão para a cabeça do Lula.
Ao rever o voto sobre Duda Mendonça, Gilmar Dantas (**) já tinha dado o recado: tô te esperando aqui, entre togas.
O Ataulfo de Paiva Merval, que, com impressionante precisão, consegue antecipar o que o Supremo (ou parte dele) vai fazer, já avisou que vão enforcar o Lula no sucesso do crédito consignado.
(Ataulfo Merval de Paiva merece ser coroado pelo Instituto Millenium: quem lutou mais para impedir que o Ministro Zavascki votasse no mensalão - o do PT ? Ataulfo de Paiva Merval merece uma máscara numa próxima passeata dos 60 gatos pingados.)
Agora, é o Ministro (Collor de) Mello quem dá o recado Golpista.
É aquele ministro que considerou o Golpe de 1964 um “mal necessário” e trata o Thomas Jefferson como um pai da Pátria.
(Collor de) Mello desengavetou um discurso de 2006 e partiu para a jugular de quem comparou a um cappo mafioso: o 13, o safo.
Qual dos “safo” é o “safo” a que o Ministro se refere, quando trata do Lula ?
Será ele suficientemente safo para se livrar do Arco do Golpe: PiG, MP e Supremo ?
E a Dilma ?
Depois do Lula, o próximo a subir ao togado cadafalso será a Presidenta.
Não adianta ter a popularidade de 99%.
O Jango também tinha, quando foi derrubado pelo mesmo Arco do Golpe.
Do Fernando Pimentel, ela se livrou.
A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu ontem que não houve qualquer conduta imprópria do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) em dois casos que eram analisados pelo grupo desde o primeiro semestre.
Foi a primeira reunião do grupo desde a oficialização da renúncia do conselheiro e ex-presidente da comissão, Sepúlveda Pertence.
Clique aqui para ler “Sepulveda Pertence já vai tarde”..
Mas, o Golpe não vai descansar.
Depois do Pimentel virão outros.
Com acesso rápido ao Supremo, às “instâncias superiores”.
Como previu também este Conversa Afiada, o julgamento do mensalão (o do PT) não vai acabar.
Ele é um processo, com lógica e métodos próprios, invariáveis.
Como o da máfia.
Processo que se nutre do ressentimento estrutural: a rejeição do eleitor brasileiro.
Porque o pobre não é bobo.
Clique aqui para ler "(Collor de) Mello e o número 13".
E aqui para ver o vídeo "(Collor de) Mello defende o Golpe. (O de 1964)".
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…