Ayres Britto não perde por esperar
O passarinho saiu de Brasilia, pousou na janela lá de casa e contou uma história interessante.
Um advogado perspicaz percebeu que há uma infração gritante no prefaciador do livro do Ataulfo Merval de Paiva (*), o Big Ben de Propriá.
- Como é que um ex-Ministro do Supremo prefacia um livro que trata de condenados num julgamento que não se concluiu ?
O livro e o prefácio vieram à luz (ou à treva) antes da publicação dos acordãos e do julgamento dos embargos.
O julgamento está em curso.
O que terminou foi a proclamação do veredito pelo PiG (**), antes de comecar o julgamento.
Que Juiz é esse ?
Que Juiz é esse que referenda as análises parciais e partidárias (anti-petistas) de um jornalista que se notabilizou como o Promotor-Mor do julgamento ?
Será que esse Juiz era a fonte certeira que conferia ao jornalista o direito de prever quem ia votar, quando ia votar e como ia votar ?
Tem um advogado à espreita do Juiz.
Paulo Henrique Amorim
(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.