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Quem FHC vai elogiar. A si próprio

Como Scantimburgo, FHC escreveu muito e deixou pouco
publicado 30/03/2013
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João Scantinburgo foi uma das deidades provinciais de São Paulo.

Clique aqui.

Membro da Academia Paulista de Letras e da academia das letras, foi um daqueles cinzentos e melosos bajuladores da pseudo-aristocracia paulista.

Dedicou-se a celebrar os nobres valores de uma aristocracia que nunca existiu.

Brilhou no Estadão, é claro.

Onde hoje brilha o Farol de Alexandria.

Se, de fato, for eleito, FHC terá de respeitar a tradição e elogiar o antecessor.

Será um momento de fulgurante destaque na carreira sinuosa do Farol.

Vamos ver o que dirá ele do Scantimburgo.

Os dois tem um ponto em comum: escreveram muito e deixaram pouco.

Tão pouco que o Farol mandou esquecer o que tinha escrito.

O ansioso blogueiro duvida que o Farol tenha a coragem e o senso de humor de José Lins do Rego, que divertiu os colegas ao espinafrar o antecessor, outro mediocre, Ataulfo de Paiva, hoje reencarnado no Ataulfo Merval de Paiva (*).

O mais provável é que Fernando Henrique faça o discurso que, espera, fará seu sucessor.

E se elogiará da forma mais despudorada.

Paulo Henrique Amorim

(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.