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O Mau Dia Brasil e seus maus conceitos

Como diz o Mino, no Brasil, o jornalista é pior que o patrão.
publicado 02/06/2013
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O Conversa Afiada reproduz post do blog Palavra Livre:


O Mau Dia Brasil e seus maus conceitos



De Davis Sena Filho — Palavra Livre

O que sai da boca deles é o que pensam os Marinho. Mas é preciso se esforçar tanto?

Eu fico a lamentar e jamais surpreso quando tenho o desprazer de assistir a o jornal “global” e matutino conhecido como “Bom Dia Brasil”, que deveria se chamar “Mau Dia Brasil”. Os jornalistas Chico Pinheiro, Renata Vasconcellos, Miriam Leitão, Renato Machado, Carla Vilhena, Alexandre Garcia e Zileide Silva se dedicam a praticar a postura oposicionista de seus patrões Marinho contra o Governo Federal administrado pelos trabalhistas, bem como se esmeram para fazer caras e bocas, que talvez nem atores profissionais e consagrados conseguissem performances tão “perfeitas” na arte de representar.

Esses jornalistas, uns por ideologia, como o direitista Alexandre Garcia, e outros simplesmente para garantir o emprego e o status social conquistado, a exemplo dos restantes já citados, vivem em um mundo à parte e coberto por uma redoma de cristal. Seu eu estiver enganado, não tenho como não fazer tais afirmativas, pois, acredito, é o que eles passam para o telespectador mais atento e por isso mais difícil de ter a cabeça feita pelos jornais de mercado, que, indubitavelmente, são os porta-vozes de direita escravagista brasileira, assim como dos banqueiros e dos trustes e governos internacionais.

A luta desses jornais e jornalistas de direita contra o desenvolvimento, a soberania do Brasil e as conquistas do povo brasileiro são de uma mesquinhez e perversidade, que não lhes permitem se orientar sobre os fatos e os momentos históricos pelos quais o Brasil e seu povo estão a vivenciar há quase 11 anos, o que, sobremaneira, é confirmado pelos números e índices econômicos gigantescos, além da sensação de bem-estar social e da crença em dias melhores por parte da população. Realidades inegáveis, até mesmo para os jornalistas que, diuturnamente, mostram, nos meios de comunicação, um Brasil derrotado, negativo, fracassado, incompetente e que não tem condições de ser o senhor de seu destino.

São pessoas que elaboram ou editam um jornalismo, sobretudo, direcionado para a classe média tradicional e, inegavelmente, para os ricos, que, intolerantes, preconceituosos e dominados que são pelos seus DNA colonizados e complexados, não aceitam que o Brasil se torne, definitivamente, um País desenvolvido e proprietário de seus interesses políticos, geográficos e econômicos. É a história a ser escrita pelo povo brasileiro e a tentativa de as “elites” alienígenas e por isto entreguista de reescrevê-la conforme os meios que lhes são intrínsecos às suas verves: a mentira, a manipulação, a confusão e, se necessário for, o conflito a ter como essência a violência pura e simples, a exemplo do Golpe civil-militar de 1964.

O “Mau Dia Brasil” é um jornal televisivo, que reflete e exemplifica toda a imprensa burguesa em geral. A imprensa racista, sectária, classista e irreversivelmente golpista. A imprensa de mercado, corporativa, que se preocupa somente e antes de tudo com os seus negócios privados. Por isto e por causa disto, temos um jornalismo que não condiz com a realidade que vivemos e muito menos retrata a competência e o dinamismo laboral do trabalhador brasileiro. É uma imprensa que confunde propositalmente o público com o privado, a opinião pública com a publicada, pois a sua verdade é a má-fé intelectual.

A imprensa de rapina e que aposta na divisão do País e na adesão da população aos seus interesses. Só que tal sistema midiático não tem programa de governo e projeto para o País. Não tem compromisso histórico com o nosso desenvolvimento, pois alienígena e totalmente voltada à edificação de uma sociedade individualista, sovina, consumista e, consequentemente, violenta. Vivemos a ditadura da imprensa, das mídias, último bastião das classes abastadas e das grandes corporações a ser superado para que o povo brasileiro possa, enfim, ter, de fato, uma democracia popular e não somente representativa, que inclua e acolha a todos, sem preconceitos de cor, classe e credo, e, por seu turno, transformar o Brasil em um País realmente desenvolvido e democrático. O “Mau Dia Brasil” tem de rever seus maus conceitos. É isso aí.