Pauzinho do Dantas quer greve geral. É Golpe !
O Paulinho da Força, aqui conhecido como “Pauzinho do Dantas”, desde aquele edificante “momento Eduardo Cunha” da votação da Emenda “Tio Patinhas”, começou a jogar o bote num dos atos desta quinta-feira.
Começou a bradar “greve geral !”, “greve geral !”.
Chegou a ameaçar pedir a “greve geral !” no alto-falante.
Já é dele a proposta do “fora Mantega !”.
Como tinha sido dele a ameaça do “fora Dilma !”.
Um dos dirigentes da CUT advertiu o Paulinho de que “greve geral”- como “fora Dilma'- eram palavras de ordem que não estavam na combinação entre as centrais.
A contra-gosto, Pauzinho não foi ao alto-falante pedir a greve geral.
“Greve geral”, hoje é Golpe.
Golpe de Direita.
Do Allende !
Para derrubar a Dilma !
Daquele tipo de Golpe em que o democrata-cristão (leia-se tucanos de São Paulo) fica contra e depois adere.
E o Pauzinho do Dantas, neste momento, desempenha o papel de um dos caminhoneiros que derrubaram o Allende.
Como, na eleição para prefeito de São Paulo, desempenhou, com a Soninha, o papel de laranja do Cerra.
“Greve geral” neste momento será um retumbante fracasso para os trabalhadores.
Os principais grupos de trabalhadores – metalúrgicos, bancários, petroleiros e químicos – estão bem, tem recebido reajustes acima da inflação, benefícios extra-salariais e, mais importante, não estão sob a ameaça de desemprego.
Dos grandes grupos, só os servidores públicos teriam do que reclamar, com razão, numa greve geral.
Os outros, não !
Logo, a convocação de uma greve geral seria um retumbante fracasso.
Porque os principais interessados não teriam por que lutar por ela.
Seria uma grande vitória do Golpe contra a Dilma, porém.
Porque o “fracasso” seria anabolizado pela “Sonega Globo” e as paralisações que o Pauzinho articulasse funcionariam como os caminhoneiros do Allende.
(A “Sonega Globo”, como se sabe, agora deu para levantar a bola do Bernardão, nesse episódio de auto-louvação, o grampo sem áudio.)
O pessoal do ChangeBrazil transformaria paralisia do centro do poder, para entregar o Governo ao Temer, aquele do “mexeu com a Globo, mexeu com o PiG (*)”.
O Pauzinho do Dantas desempenha, hoje, com mais alcance, o papel que o Luiz Antonio Medeiros desempenhou no Governo Sarney.
Era o “operário padrão” do Dr Roberto.
Ocupava o jornal nacional para ofuscar o Lula.
Era o “bom operário”, diria a Veja, como diz, hoje, que o Bernardo é o “bom petista”.
Pauzinho é o “bom operário”.
Do Golpe !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.