Prévias: Cerra dá uma rasteira no Aécio
Saiu no Globo Overseas Investment BV:
Com Aécio Neves em queda, tucanos falam em prévias
Apesar de escândalo envolvendo governos do PSDB em São Paulo, serristas se animam com pesquisa
Maria Lima
BRASÍLIA e SÃO PAULO — O resultado da última pesquisa Datafolha que mostra uma retração das intenções de voto do pré-candidato tucano Aécio Neves (MG) — de 17% para 13%, contra um crescimento de três pontos de Marina Silva, de 23% para 26% — reacendeu o movimento pró-Serra e reabriu a discussão sobre a realização de prévias para escolher o presidenciável do PSDB em 2014. Incomodado, Aécio, presidente nacional do PSDB, tem dito a interlocutores que o partido não se submeterá a chantagens. A orientação é: se o ex-governador José Serra oficializar a disposição de bater chapa e enfrentar a direção dos diretórios regionais, que em peso defenderam a pré-candidatura do mineiro, o assunto será decidido pela Executiva do partido.
Aécio diz que sempre defendeu prévias, se elas se fizerem necessárias.
Ôba !
Cerra vai ser o candidato do PSDB.
Ele, a Alstom e a Siemens.
Sem falar na bolinha de papel, do aborto só pode no Chile, nas ambulâncias, na sorveteria da filha e do Jorge Paulo Lehmann, e no Amaury Ribeiro Junior, que o acompanha atrás da moita.
Ôba !
O que move o Cerra, amigo navegante ?
Segundo o Luis Nassif, a psicopatologia.
O ansioso blogueiro prefere outra interpretação.
São Paulo não dá passagem a Minas desde 1930.
A “psicologia” do Cerra se ancora em interesses muito sólidos.
Na superfície de Avenida Marginal (sic), por exemplo.
No Banco Itaú, por exemplo.
Que, desde a morte do Dr Olavo, preferiu alinhar-se às forças do atraso: a Cerra e, agora, à Bláblárina, que, segundo o Mauricio Dias, não está muito interessada na Rede.
Como se percebe, foi breve a participação do Farol de Alexandria na campanha (derrotada) de 2014.
O Aécio tinha promovido a sua Ressurreição.
A certa altura, na altura de subir no palanque do horário eleitoral, o Aécio o devolveria às Letras.
Com o Cerra, nem isso.
O Cerra tem com o Farol uma relação muito fraterna, cordial, cúmplice: no PiG (*).
Fora dele, não quer nem saber.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.