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Morais e RB: mensalão, o julgamento medieval

Escritor Fernando Morais e a revista Retrato do Brasil desnudam o caráter de exceção do julgamento do Dirceu.
publicado 24/09/2013
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O Conversa Afiada exibe didático trabalho em vídeo da revista Retrato do Brasil, de Raimundo Rodrigues Pereira, com Fernando Morais de âncora.

O nervo da cerimônia medieval que levou Dirceu à fogueira foi tentar provar que o dinheiro da Visanet era "público".

Mentira.

Segunda mentira: João Paulo Cunha "desviou" dinheiro da Câmara dos Deputados.

Mentira.

Como diz Morais, na abertura do vídeo: nos "julgamentos" medievais as bruxas estavam condenadas desde antes do "julgamento".

Aceitar os embargos infringentes não basta para redimir o Supremo e o PiG (*), sua extensão militar: o julgamento foi de exceção.

Ou, como disse a Hildegarde Angel, um "mentirão".

Só que acabaram as bombas atômicas da Globo e Yves Gandra disse que não há um fiapo de prova contra o Dirceu.

Em tempo: na edição de dezembro de 2012, a Retrato do Brasil chama a atenção para a "cena do dramalhão". Está no YouTube, dia 27 de agosto, aos 47 minutos da sessão: o Ministro Gilmar que, segundo Nelson Johnbim, Mentes, encena o ato "o  dinheiro da Visanet é publico". É quando o ministro-ator diz "o que fizeram com o Ban-co do Bra-sil...  como descemos na escala das de-gra-da-ções ! Seria o caso de perguntar ao Ministro: o que fizeram do gram-po sem áu-dio ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.