Lula fala swahili no jornal nacional
Desde o início da carreira em São Bernardo, até a eleição em 2002, quando deu a primeira surra que o Padim levou, Lula falava swahili no jornal nacional.
A instrução era não deixar haver "sobe som" do Lula - ou seja, não deixar o espectador ouvir a voz dele.
Antes, como agora, é proibido deixar ele falar.
Ontem, nos 10 anos do Bolsa Família, Lula fez um dos mais emocionantes discursos que pronunciou nos últimos tempo: "não há estatística que possa medir a dignidade".
Dilma e a Ministra Tereza Campello - clique aqui para ler a entrevista que deu ao Conversa Afiada - também deram depoimentos importantes sobre o "o melhor programa de intervenção social do mundo", segundo a ONU.
Tudo isso mereceu 34" no jornal do Gilberto Freire com "ï" (*).
Não "subiu a voz" de ninguém: Lula volta a falar swahili no jn.
Dizem que no jornal das dez da GloboNews, de suaves apresentadoras, foi o mesmo tratamento.
Enquanto isso, no Mau Dia Brasil, a Urubóloga, que se refestela na concordata do Eike, comete a ... intelectual de dizer que o controle sobre a frequência das crianças do Bolsa era mais rigorosa no tempo da D Ruth, quando o Bolsa atendia meia dúzia de gatos pingados.
(O ansioso blogueiro desconfia que, ao sair da concordata, o Eike venha a ter mais ativos no Brasil que a Rede Globo.)
Paulo Henrique Amorim
(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.