Por que a PF do zé deixou o Pizzolato sair ?
Liga o Vasco, a tomar um sorvete de cassis, à beira da Fontana di Trevi:
- Ansioso blogueiro, não seria o caso de processar aquele que você chama de ministro zé da Justiça ?
- Por que ? Porque ele jogou fora os eleitores que o elegeram deputado federal e foi à Itália defender o imaculado banqueiro ?
- Não, meu filho, isso aí já prescreveu no Supremo.
- Por que ele haveria de ser processado? Por causa da “solidariedade clandestina” ?
- Por isso aí ele deve ter as costas quentes.
- Então, por que seria, Vasco ?
- A Polícia Federal não está sob a responsabilidade dele ?
- Em tese, Vasco, em tese.
- E como é que a Polícia Federal deixou o Pizzolato sair a pé, numa boa, pela fronteira com o Paraguai, como se fosse mochileiro ?
- Bem, Vasco, você sabe... né ? A Polícia Federal não chega a ser uma fragata inglesa.
- Estranho, muito estranho.
- É verdade. Muito estranho.
- E por que o PiG não vai atrás desse lapso da Polícia Federal …
- Lapso, Vasco ?
- É, esse frango, passou entre as pernas …
- O PiG não vai atrás, porque entre as pernas de um e de outro tem um imaculado …
- Lá vem você com essa mania. Imaculado banqueiro. E que feio, entre as pernas …
- Me desculpe, Vasco, mas aqui nesse blog a gente sempre sugeriu “fala, Pizzolato, fala !”. Como sugere “fala Valeriodantas, fala !”. Não deveria ser novidade nenhuma. E o PiG foge mais do imaculado banqueiro do que da concordata.
- E se o Pizzolato falar ?
- Se o Pizzolato falar, o Gushiken sai do túmulo para contar o que faltar.
- Que história mal assombrada.
- Vasco, você já prestou atenção às olheiras do zé ? Nos ternos dele, em que cabem uns três ombros de cada lado …
- E daí, ansioso blogueiro ?
- Você não falou em assombração ?
Pano rápido.
Em tempo: o Vasco voltou a ligar. A ligação tinha caído, como acontece com as ligações da Privataria Tucana:
- Ansioso blogueiro, você já reparou que algumas defesas do Pizzolato vão, vão, aprofundam, escrevem - e como escrevem ! -, conseguem provar que o dinheiro da Visanet não era público, mas, quando se aproximam do imaculado banqueiro, subitamente se calam.
- O imaculado emudece, caro Vasco.
- Como numa epifania !
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim