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Não se desespere. Jânio Quadros vem aí !

“O moralismo autoritário”. “Uma ascensão meteórica”. "Bonapartismo".
publicado 19/11/2013
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“O falso carisma”

“A quebra do sistema partidário”

“O bonapartismo”

“O moralismo autoritário”

“O entreguismo e as pazes com o FMI”

“Uma ascensão meteórica”.

“Modesto, de família simples”

“Sem fortuna ou tradição política”

“Conquista rapidamente espaço político até então partilhado por bacharéis, (sociólogos, economistas), comerciantes, (banqueiros) e fazendeiros da UDN”.

“Não se desespere ! Ele vem aí (com a vassoura para varrer a roubalheira)”.

Revelava-se “a fantasia delirante do candidato a caudilho, dominado pela magia dos extremos, com a falsa imagem da sua predestinação”.

“Além do recurso à demagogia teatral, a atuação seria sempre marcada pela alta incidência de contradições e ambiguidades, numa taxa muito acima do 'normal' que se concede como inevitável a qualquer governante”.

“Os palanques transformam-se em verdadeiros palcos de tragicomédia... Uma esdrúxula mistura de radicalismo e kitsch popularesco – a soma de Lênin a Carlitos.”

“Muitos o tomaram como um Messias.”

"Poucos denunciaram o charlatão.”

Navalha

Estes são trechos extraídos do magistral opúsculo (88 páginas) “O Governo Jânio Quadros”, de Maria Victoria Benevides, da Brasiliense, coleção “Tudo é História”, de 1981.

Vem a propósito da consolidação da candidatura de Joaquim Barbosa na eleição de 2014.

(Clique aqui para ler “Janio faz o diagnóstico do marketing eleitoral de Barbosa”.)

Como se sabe, a UDN tenta primeiro o Golpe.

A vestimenta é irrelevante – pode ser uma toga ou uma japona.

Desde que os pobres continuem pobres e os ricos mais ricos.

Quando o Golpe parece difícil – apesar de o julgamento de exceção do mensalão (o do PT) ter sido o “Golpe quase perfeito” -, em última instância, a UDN tenta o Golpe eleitoral.

A UDN já tentou o Dr Jatene (ideia do ACM).

Tentou o Silvio Santos (proeza do Jorge Bornhausen, hoje ideólogo-mor do Dudu Campriles.)

O “Caçador de Marajás” foi um Janio.

A Bláblárina, que segundo o último Globope, sofre visível desmatamento eleitoral.

E até o Dudu, que o Janio, em boa hora, chamou de embuste no Governo e fora do Governo.

Dudu, como se sabe, tem tanta chance quanto o Náutico.

Joaquim Barbosa torna-se A alternativa.

Como diz o Príncipe da Privataria, aquele que comprou a reeleição e se faz de Tartufo: qualquer um deles serve, desde que não seja a Dilma.

Barbosa entra na categoria do “qualquer um deles”.

Já se sabe no que dá isso.

É só perguntar à Maria Victoria.

 



Paulo Henrique Amorim