Não se desespere. Jânio Quadros vem aí !
“O falso carisma”
“A quebra do sistema partidário”
“O bonapartismo”
“O moralismo autoritário”
“O entreguismo e as pazes com o FMI”
“Uma ascensão meteórica”.
“Modesto, de família simples”
“Sem fortuna ou tradição política”
“Conquista rapidamente espaço político até então partilhado por bacharéis, (sociólogos, economistas), comerciantes, (banqueiros) e fazendeiros da UDN”.
“Não se desespere ! Ele vem aí (com a vassoura para varrer a roubalheira)”.
Revelava-se “a fantasia delirante do candidato a caudilho, dominado pela magia dos extremos, com a falsa imagem da sua predestinação”.
“Além do recurso à demagogia teatral, a atuação seria sempre marcada pela alta incidência de contradições e ambiguidades, numa taxa muito acima do 'normal' que se concede como inevitável a qualquer governante”.
“Os palanques transformam-se em verdadeiros palcos de tragicomédia... Uma esdrúxula mistura de radicalismo e kitsch popularesco – a soma de Lênin a Carlitos.”
“Muitos o tomaram como um Messias.”
"Poucos denunciaram o charlatão.”
Estes são trechos extraídos do magistral opúsculo (88 páginas) “O Governo Jânio Quadros”, de Maria Victoria Benevides, da Brasiliense, coleção “Tudo é História”, de 1981.
Vem a propósito da consolidação da candidatura de Joaquim Barbosa na eleição de 2014.
(Clique aqui para ler “Janio faz o diagnóstico do marketing eleitoral de Barbosa”.)
Como se sabe, a UDN tenta primeiro o Golpe.
A vestimenta é irrelevante – pode ser uma toga ou uma japona.
Desde que os pobres continuem pobres e os ricos mais ricos.
Quando o Golpe parece difícil – apesar de o julgamento de exceção do mensalão (o do PT) ter sido o “Golpe quase perfeito” -, em última instância, a UDN tenta o Golpe eleitoral.
A UDN já tentou o Dr Jatene (ideia do ACM).
Tentou o Silvio Santos (proeza do Jorge Bornhausen, hoje ideólogo-mor do Dudu Campriles.)
O “Caçador de Marajás” foi um Janio.
A Bláblárina, que segundo o último Globope, sofre visível desmatamento eleitoral.
E até o Dudu, que o Janio, em boa hora, chamou de embuste no Governo e fora do Governo.
Dudu, como se sabe, tem tanta chance quanto o Náutico.
Joaquim Barbosa torna-se A alternativa.
Como diz o Príncipe da Privataria, aquele que comprou a reeleição e se faz de Tartufo: qualquer um deles serve, desde que não seja a Dilma.
Barbosa entra na categoria do “qualquer um deles”.
Já se sabe no que dá isso.
É só perguntar à Maria Victoria.
Paulo Henrique Amorim