Dias sobre Bláblárina: a ingrata privilegiada
O Conversa Afiada reproduz a seção de Cartas dessa semana da Carta Capital (depois, leia impecável artigo de Mauricio Dias sobre a desastrosa "conciliação", que deu na anistia do Supremo à Lei da Anistia".)
Um retrato de Marina
Para me atribuir a pecha da "ingratidão" no texto "Um retrato de Marina", Mauricio Dias borra com tintas de inverdade o doloroso período no qual busquei, em São Paulo, cuidado médico para contaminação por mercúrio. Caso tivesse me procurado para verificar se as infâmias a que teve acesso correspondiam aos fatos, saberia que para enfrentar os malefícios da doença custeei os exames feitos em 1990/1991 no Hospital Albert Einstein e nos EUA.
Saberia também que utilizei a rede pública de saúde de Santos como qualquer cidadão brasileiro, sem acesso a privilégios, como aliás, era a filosofia do atendimento nas policlínicas criadas por David Capistrano Filho. E ainda, se tivesse consultado o senador Suplicy (meu líder na bancada do PT à época), saberia que o mesmo solicitou que o Senado concedesse a mim, com base na isonomia, o mesmo benefício ofertado ao senado Flaviano Melo para tratamento nos EUA.
Ao checar informações e ouvir o "outro lado", Dias instrumentaliza as memórias de Capistrano Filho e do senado ACM para difamar. Um desserviço aos leitores de CartaCapital.
Marina Silva, Ex-senadora do PT-AC e ex-ministra do Meio Ambiente
Resposta de Mauricio Dias
Não há difamação ou inverdades na análise. E, por isso, Marina nada desmente. Ela foi atendida em Santos (SP), embora morasse em Rio Branco (AC).
O sistema de saúde brasileiro segue o princípio da regionalidade. O cidadão é atendido na rede pública da cidade em que vive.
Por ela, David Capistrano Filho quebrou a regra. Antonio Carlos Magalhães fez o mesmo. A administração pública é regida pelo princípio da legalidade.
Qualquer gasto deve estar previsto em lei. E não há regra que preveja tratamento de saúde, fora do Brasil, pago com dinheiro público.
A isonomia que Marina Silva invoca, ao citar outro senado, tem um nome: privilégio.
Em tempo: supõe-se que o Bessinha se refira à "flexibilização" do regime de partilha - para afogar a Petrobras com a P-36. Quem quer "flexibilizar" é a dupla Dudu e Aécinho.
Cuidado com o programa do PSDB !
Não esquecer do que o Fernando Henrique do México fez com a Petrobrax.
A BláBlá é contra o petróleo ... Ela é a favor da energia gerada pelo cuspe. - PHA
Não deixe de ler "Bláblá e Dudu: nos Estados eles são tão velhos quanto os outros".