Saad da Bandeirantes ameaçou Haddad
Na entrevista aos blogueiros sujos, o prefeito Fernando Haddad contou que percebia que um certo “grupo de comunicação”, que tem tevês, rádios, cabo, e uns jornalecos gratuitos, fazia sistemática campanha contra o Governo dele, em todas as mídias.
Achou aquilo atípico, mesmo num ambiente em que o PiG (*) quer destrui-lo, pelo simples fato de ser do PT.
A perseguição se tornou tão aguda, que ele, Haddad, ligou para o dono do suposto “conglomerado” e perguntou se aquilo se devia a alguma falha do Governo, que não dava informação, não era transparente.
Queria saber a razão daquele cerco implacável.
A resposta foi simples.
Dei instruções a todos os veículos de minha propriedade para atacar você de forma sistemática, desde que você aumentou o IPTU, respondeu o falso Roberto Marinho.
Quem é o grande comunicador ?
Johnny Saad, dono da Bandeirantes.
Como se sabe, desde os bons tempos de Ademar de Barros, a família Saad é proprietária de muitos imóveis urbanos em São Paulo.
E a atualização da planilha do IPTU de Haddad é um Robin Hood: cobra mais dos ricos, como Saad.
É assim que funciona o PiG (*), amigo navegante.
A sorte é que Saad tem um pequeno problema.
Audiência.
A Bandeirantes, desde que saiu das mãos do velho, o seu João, para o primogênito é o que é: irrelevante.
Virou um braço desarmado da UDR.
Desarmado.
Como a TV Bandeirantes.
Uma empresa de negócios imobiliários.
Em tempo: Haddad fez questão de informar aos blogueiros que não ia identificar o Grande Comunicador, porque se tratava de uma conversa privada e ele não cometeria a grosseria. O grosseiro, no caso, é o ansioso blogueiro, que identificou Saad em outra fonte.
Em tempo2: ao deixar o Governo, Kassab assinou com Saad, por 25 anos – 25 anos !!! - um contrato de exclusividade para que Saad possa explorar a publicidade de TODOS os pontos de ônibus de São Paulo. Está aí um bom tópico para um cidadão paulistano empreender uma ação popular, não, amigo navegante ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.