Argentina em primeiro. Brasil terceiro
A Argentina de Mascherano vai segurar esse time da Alemanha ali no meio.
O Messi vai renascer.
E a Alemanha vai voltar a jogar como contra a Argélia e a França.
Ou seja, nada.
A Holanda chega ao sábado com um dia de descanso a menos que o Brasil , uma prorrogacão e a tensão dos penaltis.
O Brasil vai tomar vergonha na cara e demonstrar que esse time da Holanda não vai a lugar nenhum quando o Robben, como hoje, não joga nada.
Aliás, ele, o Van Parsie e o Sneijder acabaram a caminho da maca.
E olha que jogaram num ambiente frio, com garoa e boa parte do estádio contra a Argentina.
Vai ser Argentina primeiro e Brasil terceiro.
(O Felipão vai escalar o nonagésimo time dele, mas, o que fazer ? Tem que esperar ele e o Parreira, o Marin e o sucessor pedirem as contas e a Dilma colocar a revisão da Lei Pelé na lista de prioridades para o próximo Governo ).
O ansioso blogueiro assistiu ao primeiro jogo nessa Copa num estádio, hoje.
Pegou o metrô Butantã, coisa fina.
Desce na Luz e pegou o expresso para o Itaquerão.
Lotado, normal.
Duração da viagem, 25 minutos, como previsto.
Saiu na estação do metrô Itaquera, e aí houve um breve empurra-empurra com os que saiam do shopping.
Normal.
Longa caminhada, como cabe em eventos dessa magnitude.
Mas como disse o Lula se preciso for, o corintiano vai até de jegue.
Sinalização perfeita.
Voluntarios e servicos de informação impecáveis.
Em português e perfeito portunhol.
Lugar marcado, fila “N”, pertinho do campo, uns 50 metros do gol da Holanda, no primeiro tempo.
Fila para o banheiro, normal.
Limpo, agua corrente e papel para enxugar as mãos.
Coca-Cola e Budweiser à vontade.
Uns brasileiros à frente, denunciam argentinos que fumavam no setor ao lado.
O steward vai lá e restabelece o equilibrio ambiental.
A chuvinha se intensifica e cinco minutos depois – regime capitalista é aquele em que aparece um vendedor de guarda-chuva cinco minutos depois de começar a chover – chega o vendedor da capinha de plástico: R$ 20.
Normal.
Fim do chamado tempo regulamentar, o ansioso blogueiro precisa voltar para casa em direção ao trabalho.
Toma o caminho de volta, com instruções precisas: em frente, à esquerda.
Placas de informações, policiais gentis, que acompanham o jogo, lá dentro, pelo celular – ninguém é de ferro...
Dessa vez, o ansioso blogueiro prefere o metrô, da estação Itaquera.
Limpa, com policiais e funcionarios de informações.
Vagão do metrô limpo, serviço de informações perfeito.
Salta na estação Tatuapé.
“O senhor quer um taxi para o centro? Siga pela esquerda, desce a escada na saida esquerda do shopping e lá embaixo tem um ponto”.
Dito e feito.
Mas, antes, postou-se na porta do “Rei do Pastel” para assistir à debacle holandesa, devidamente comemorada por centenas de presentes – provavelmente bêbados, àquela altura...
E não ia ter Copa.
Em casa, o ansioso blogueiro se apressa a botar comida para a gata (embora não simpatize com ela).
Pega a primeira página do Globo de hoje, e coloca, delicadamente sob a caixinha com areia.
A gata se aproxima e presta comovida homenagem ao Globo.
Paulo Henrique Amorim