Serra agora deu uma de encanador. Em sua propaganda eleitoral “instalou” uma tubulação virtual de Sergipe ao Ceará, dizendo que levou água a “esse sertão de meu Deus”.
O “aqueduto” do Serra é mais uma peça de ficção da campanha tucana, como sua ligação ao Lula e qualquer outra coisa que tenha feito fora de hospitais e remédios, sua obsessão. Aliás, nem aí tem compromisso com a verdade, já que se proclama o criador dos genéricos, se apropriando da iniciativa do ex-deputado e médico Jamil Haddad.
O falso aqueduto de Serra é uma “obra” impressionante. Sai do sertão de Sergipe e cruza o nordeste até o sertão do Ceará. Nem a gigantesca transposição do São Francisco, que é obra de verdade, atinge área tão extensa.
É lógico que o programa de Serra só nomeia o santo mas não explica o milagre. Ninguém sabe quando e em que função o tucano levou água para tanta gente. Talvez seja alguma coisa relacionada a seu período no ministério da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Assim como seus aliados hoje o evitam, Serra omite de todas as maneiras sua estreita ligação com Fernando Henrique Cardoso, escondendo o próprio passado. Com isso, suas mensagens ficam sem pé nem cabeça. Se Serra era governador de São Paulo, não foi e nem nunca será Presidente da República, como fez uma obra no Nordeste? E se esteve por trás de algum projeto que levou água ao sertão nordestino, em que governo isso se deu?
Mas se Serra realmente fez tanta obra assim no Nordeste e a ignorância é minha, o povo nordestino deve estar muito agradecido ao tucano. Tanto que lhe “prestigia” com 21% das intenções de voto pela pesquisa Datafolha divulgada hoje, e “repudia” Dilma com “apenas” 60% dos votos da região.
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