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Marta desmente Ataulfo. Qual a novidade ?

Fernando Brito joga água benta (fervendo) no ilustre (?) imortal !
publicado 01/08/2014
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A Ministra da Cultura, Marta Suplicy, divulgou nota em repúdio à coluna de Merval Pereira, em O Globo, nesta sexta-feira (1):



"Não procedem e nem são verdadeiros os fatos relatados na coluna do jornalista Merval Pereira (aqui conhecido como Ataulfo - PHA) no jornal O Globo (aqui conhecido como Globo Overseas - PHA) de hoje. Jamais existiu nenhum tipo de ação ou pressão que tenha envolvido o governo brasileiro seja através do Ministério da Cultura ou de qualquer outra instância governamental, frente à questão da imagem do Cristo Redentor.

O único contato que mantive com o Cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, foi há três semanas quando lhe telefonei para saber como estava a situação sobre o uso da imagem do Cristo em filme do cineasta José Padilha. O Cardeal disse que já estava tudo resolvido, e toda conversa foi de forma amistosa."


Antes, o Conversa Afiada havia publicado:


O Ataulfo Merval de Paiva (*) teve um ataque de Padim Pade Cerra, o místico, aquele que acredita na vida eterna tanto quanto acredita na monogamia.

Do Tijolaço:



Até o Cristo, Merval? Tá feia a coisa, hein?



Parece que anda feia a coisa para o lado da direita, mesmo.

Hoje, Merval Pereira mergulha na exploração religiosa contra o Governo Federal dizendo que “chega de Brasília uma informação que pode ser considerada bizarra, mas que também pode ter implicações mais graves.”

A de que a Ministra da Cultura, Marta Suplicy teria ameaçado retirar a cessão da área  do Cristo Redentor da Igreja caso esta insistisse no veto a cenas em que o ator Wagner Moura “dialoga” com a estátua sobre os problemas da cidade, no filme “Rio, eu te amo”, do cineasta José Padilha.

Padilha, ao que conste, não é governista e é conhecido por ter negado apoio a Dilma em 2010 e fazer elogios aos black blocs.

É seu direito, indiscutível.

É verdade que a Arquidiocese pediu para a cena ser cortada.

Mas é também verdade que D. Orani Tempesta, o cardeal da cidade,  recebeu uma chuva de pedidos para reconsiderar a decisão, como noticiaram os jornais, entre eles o próprio O Globo.

Nenhum dos pedidos é absurdo e não seria absurdo se o Ministério da Cultura também tivesse feito um apelo à Mitra.

Daí a fazer uma ameaça é algo que depõe contra a própria figura de D. Orani Tempesta, que jamais aceitaria em silêncio algo do gênero.

E muito menos reagiria plantando “notinhas” na coluna do Merval.

O assunto está cheirando a uma armação torpe, com óbvias finalidades eleitorais.

No Jornal do Brasil, onde D. Orani Tepesta escreve, diz-se que “o que aconteceu é que após consulta ao departamento jurídico, que reforçou o direito da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro (órgão responsável pelo patrimônio religioso) sobre o monumento, foi feita outra consulta ao departamento que analisa pedidos de sua utilização. Este departamento ouviu do presidente da Conspiração Filmes a garantia de que o filme não tinha o objetivo de agredir a religião. Após esta afirmação, o departamento retirou a possibilidade de ação jurídica por parte da Mitra”.

Deixe o Cristo fora disso, Merval.

Será que você, além do fardão de acadêmico, também quer os paramentos de Cardeal?

Estamos no tempo do Papa Francisco, não de Tomás de Torquemada.

Vá brincar de aviãozinho, porque senão o Joãosinho Trinta vai assombrar você.



Clique aqui para ler "Nem Ataulfo Merval absolve o Arrocho"



(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".


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