Padilha vem aí de lata d'água na cabeça
O Conversa Afiada reproduz artigo da Rede Brasil Atual:
Sistema do Alto Tietê opera com apenas 20,7% da sua capacidade
Prefeito de Guarulhos afirma que a falta d'água está comprometendo a produção industrial da cidade
São Paulo – As reservas hídricas do Sistema Alto Tietê estão com apenas 20,7% da sua capacidade, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico de SP (Sabesp). Em fevereiro, o Alto Tietê apresentava 42% do seu volume total, com a transferência de 1/3 do volume de seus reservatórios para o Sistema Cantareira, tem sofrido queda diariamente no armazenamento de água. O sistema abastece 4 milhões de pessoas das regiões metropolitanas de São Paulo e do Alto Tietê.
A Sabesp indica que não haverá racionamento e o governo está realizando uma obra na represa de Biritiba, que compõe o Alto Tietê, para romper um dique natural e aumentar o volume da represa em cinco milhões de metros cúbicos de água. No entanto, para Solange Wuo, secretária do meio ambiente de Salesópolis e integrante do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mesmo com a obra a situação é de alerta.
"A gente conta com a natureza para que a situação se regularize, não tem nada de oficial", afirma em entrevista à Rádio Brasil Atual. Além disso, a especialista aponta que com o cenário atípico de seca das represas, muita vegetação cresceu e isso deve gerar problemas no tratamento da água. "Quando as represas voltarem ao regime e encherem, vamos ter um outro problema, a gente chama de neutrofisação, que é quando muita matéria orgânica é morta com inundações."
Sebastião Almeida, prefeito de Guarulhos e presidente do Consórcio dos Municípios do Alto Tietê, afirma que a falta d'água está comprometendo a produção industrial de Guarulhos. "Faltou investimento do governo do estado, do governo do PSDB ao longo das últimas décadas nada foi feita nessa área e hoje nós estamos em uma situação que colocamos a vida da população em risco", considera.
Além disso, o prefeito de Guarulhos indica que muitas cidades do interior que nunca viveram problema de falta de água tiveram que se adequar a um sistema de rodízio. "O que faltou para o estado de São Paulo foi o governo ter confiando só na natureza", diz Almeida.
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