Aécio, Ana Amélia, Crusius. Tudo a mesma sopa !
O Conversa Afiada reproduz análise do rsurgente:
Aécio, Ana Amélia e o “novo jeito de governar”. Novo?
Desde o início da campanha eleitoral, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) vem tentando se distanciar do governo de Yeda Crusius (PSDB), do qual seu partido participou ativamente, estando, inclusive, no centro do escândalo do Detran, que envolveu importantes quadros do PP no Estado, entre eles, o deputado federal José Otávio Germano. Mas está ficando difícil para a candidata sustentar essa amnésia. Agora, o candidato tucano à presidência da República, Aécio Neves, apoiado pela senadora, escolhe como slogan de sua campanha exatamente o mesmo adotado por Yeda Crusius: “novo jeito de governar”.
No Rio Grande do Sul, esse “novo jeito” acabou se traduzindo em uma sucessão de escândalos, autoritarismo, arrocho, redução do tamanho do Estado e denúncias partindo de próprios integrantes do governo. A reprovação da população ao “novo jeito de governar” tucano foi de tal ordem que Yeda Crusius ficou num distante terceiro lugar na eleição de 2010.
As semelhanças entre as ideias de Aécio Neves, Yeda Crusius e Ana Amélia Lemos não estão apenas no slogan. Há propostas comuns entre os três que são definidoras da ideia de choque de gestão, defendida historicamente pelo PSDB: cortar recursos, diminuindo os gastos com o custeio da estrutura administrativa e de serviços públicos; enxugar a máquina do Estado e distribuir melhor os recursos; demitir funcionários em cargo de confiança e diminuir secretarias.
Logo que assumiu, em 2007, Yeda determinou um corte linear de 30% nos gastos de custeio de todas as secretarias. Uma medida com impacto negativo direto na qualidade dos serviços públicos oferecidos à população, especialmente nas áreas da educação, saúde e segurança. Na época, a governadora não explicou como era possível ampliar e melhorar a qualidade dos serviços públicos cortando gastos de custeio, uma das medidas fundamentais da chamada política de déficit zero.
Ana Amélia Lemos repete o mantra do Estado mínimo anunciando que pretende economizar recursos, diminuir os gastos com o custeio da estrutura administrativa e enxugar a máquina. Tudo isso, segundo ela, para colocar o governo e o Estado à serviço da sociedade. Aécio Neves ecoa essas mesmas ideias e chama isso de “novo jeito de governar”.
Bem, ao menos no Rio Grande do Sul, dificilmente alguém vai achar isso novo. Esse filme foi exibido durante quatro anos, entre 2007 e 2010, e revelou-se um fracasso de crítica e público.