Seca: fecha a CESP ou intervém em SP !
O ansioso blogueiro assistiu à entrevista de Jerson Kelman, pesquisador da COPPE (leia em tempo), na GloboNews, sobre a tentativa de Geraldo Alckmin roubar a água do rio Jaguari para evitar fragorosa derrota na eleição para governador.
Kelman foi claro:
- sim, Alckmin tem razão quando diz que a prioridade é o abastecimento humano e, depois, a geração de hidreletricidade;
- só que a prioridade não é abastecer só a cidade paulista de Santa Isabel, à beira do rio;
- a prioridade é abastecer os seres humanos que moram em toda a região do Vale do Paraíba do Sul;
- e, se roubar a água do Jaguari, Alckmin vai impedir o abastecimento de água do sistema Guandu, e matar de sede os moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Simples.
A ANA, Agência Nacional de Águas, é que determina o que fazer com os rios do país.
Isso aqui não é a casa da sogra que o Alckmin pensa que é o Brasil.
O Brasil não é o quintal de São Paulo.
Que São Paulo, vitoriosa em 1932, fecha a torneira e não deixa o Rio beber água.
É simples, de novo.
Se Alckmin, para evitar a fragorosa derrota, descumprir uma determinação legal, federal, caberá, primeiro à ANA e, depois, ao Governo Federal e ao Exército Nacional promover:
- o fechamento da CESP, a empresa de energia do Estado Se São Paulo, responsável pelo crime;
- e, depois, intervir no Estado de São Paulo.
Como fez, em 1932, o Dr Getúlio.
Simples.
Em tempo: para conhecer melhor a COPPE:
A Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia –, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nasceu disposta a ser um sopro de renovação na universidade brasileira e a contribuir para o desenvolvimento do país. Fundada em 1963 pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra, ajudou a criar a pós-graduação no Brasil e ao longo de quatro décadas tornou-se o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.
A Coppe já formou mais de 12 mil mestres e doutores em seus 12 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Conta com 325 professores doutores em regime de dedicação exclusiva, 2.800 alunos e 350 funcionários. Possui 116 modernos laboratórios, que formam o maior complexo laboratorial do país na área de engenharia.
Paulo Henrique Amorim