DataCaf: Dilma no 1º Turno
O ansioso blogueiro se lembra de duas manipulações de pesquisas que mudaram o resultado de eleições.
Na campanha de 2002, quando Padim Pade Cerra foi fragorosamente derrotado pelo Nunca Dantes, Ciro Gomes estava na frente do Padim.
Na Operação Lunus, o Padim já tinha abatido a filha do Sarney, com a colaboração do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e do Fernando Henrique Cardoso, então Presidente.
(Qualquer dúvida sobre esse Momento Virtuoso da Historia Tucana, leia “Código da Vida”, de Saulo Ramos; e o post deste Conversa Afiada sobre a anatomia do Golpe do Mensalão (o do PT) e o papel do MPF, de Antonio Fernando a Joaquim Barbosa, com a montagem dos “40 ladrões e Ali Babá no banco de reservas”.)
Para derrotar Lula, que ele destroçaria nos debates, já que, segundo a Tucanhêde, ele era o “mais consistente” - Cerra precisava abater, antes, o Ciro.
Foi o que fez uma pesquisa encomendada por um banqueiro que o ansioso blogueiro sabe quem é.
Logo após um episódio em que Ciro se destemperou, a “pesquisa” mostrou a queda “vertiginosa” de Ciro.
E Cerra foi, com ela e tudo, mais tarde, devidamente reduzido a suas proporções pelo metalúrgico que não fala inglês.
A outra manipulação de que o ansioso blogueiro se lembra vitimou Marta Suplicy, que ia para o segundo turno contra o Maluf, numa eleição para Governador de São Paulo.
O Globope vendeu uma pesquisa ao Maluf que se encerrou na segunda-feira, antes de captar a ascensão da Marta na reta final e a queda de Covas.
O jornal nacional, sempre ele !, divulgou na sexta a pesquisa encerrada na segunda anterior.
E não registrou, portanto, a ascensão de Marta.
(Ou não quis...)
O eleitorado indeciso e boa parte dos petistas preferiram, então, aplicar o “voto útil” ao Covas e não à Marta - e Covas, no segundo turno, de fato, derrotou Maluf.
Nenhuma pesquisa, porém, será tão manipulada e politicamente interessada quanto as próximas Datafalha e Globope.
Como diz o Ataulfo Merval (*), o pioneiro em receber a noticia da elevação da Bláblárina à posição de "Salvadora da Pátria", ela é quem vai levar essa eleição para o segundo turno.
A Direita se esforça para converter a morte de Eduardo na de Vargas, de sinal trocado.
Já que, no segundo turno, o Gilberto Freire (**) com “ï” resolve a parada, como resolveu em 2006, ao ignorar o desastre da Gol para não desmontar o jn – sempre ele ! - que dava a notícia dos aloprados e seu dinheiro...
O Conversa Afiada, portanto, se viu na contingência de ter que realizar o DataCaf, a única pesquisa realmente independente, dentre todas as dos grandes órgãos de imprensa – onde o Conversa Afiada se inclui, já que é amplamente financiado pelo ouro do Tesouro Nacional, segundo certo e notório Ministro do Supremo e colonistas (***) globais.
O DataCaf registra:
- primeiro, Eduardo caía pouco antes de morrer.
Sua trajetória era francamente para baixo.
Como diz um colega também dono de uma empresa de pesquisa, “hoje, todo mundo votaria em Eduardo, mas até a véspera, ele, a cada dia, perdia mais votos”.
Isso só não se refletia na Datafalha e no Globope, porque precisavam manter acesa a chama do segundo turno.
- segundo, Dilma, ANTES do horário eleitoral, onde tem o dobro do tempo dos outros juntos, estava a menos de um ponto percentual de vencer no primeiro turno.
A menos de um ponto percentual dos VOTOS VÁLIDOS !
Porque o Globope e o Datafalha não tratam dos VÁLIDOS, para esconder a supremacia da Dilma.
Só o Ataulfo, talvez alertado por um pesquiseiro, é que, pouco antes da morte de Eduardo, disse que o numero de brancos e nulos elegeria Dilma no primeiro turno.
Mas, isso foi um passageiro deslize do notável colonista (***).
Não há nenhum motivo para supor que TODOS brancos e nulos, agora, movidos pelo clima “Antonio Conselheiro” da Bláblárina, venham a votar nela.
Além de todos os Sininhos da vida.
- terceiro, o Globope e a Datafalha não podiam, em hipótese alguma, admitir a vitória dela no primeiro turno.
É uma questão de vida ou morte – da Direito e do PiG (****).
Mais quatro de Dilma e mais oito de Lula.
Inadmissível !
- quarto, devagar com o andor da Bláblárina em 2010.
Dilma ia se eleger no primeiro turno.
Bláblá passou a eleição inteira de 2010 atolada nos dez por cento, que o Eduardo, com o total apoio dela, não chegou a alcançar em 2014.
No finzinho do primeiro turno de 2010 houve uma “tempestade perfeita” para a Direita.
Migrou do Cerra, desacreditado, para a Fadinha da Floresta aquela mistureba da alquimia do Padim: aborto com Papa e bispo de Guarulhos e pitadas da estadista chilena, sua mulher.
Do lado da Dilma, verificou-se um descuido.
A campanha continuou centrada contra o Cerra e se esqueceu desse fato novo, o Antonio Conselheiro da Direita.
José Dirceu foi dos poucos, dentro do PT, que reclamou da estratégia: olho nela !
O próprio PT custou a se explicar sobre a questão do aborto – e o aborto foi para o centro da campanha, como no Mississipi e no Alabama.
Resultado, claro, de outra baixaria do Cerra e sua mulher.
- quinto, hoje, há que esperar os efeitos do impacto da morte de Eduardo.
Que o PiG (****) pretende transformar num líder nacional que nunca foi.
O que vai depender da Antonia Conselheira.
Que começou mal: foi a Providência Divina que me salvou !
(E, portanto, matou Eduardo !)
Mas, lá para outubro, quando o bolso começar a coçar e a Dilma já tiver mostrado o que o manchetômetro esconde, o DataCaf registra uma vitória no primeiro turno.
Que já está inscrita em seu TRE, desde já.
Em tempo: observa o Vasco, que aguarda a "carta compromisso" que os Socialistas vão obrigar a Antonia Conselheira a assinar:
- E o Miro Teixeira, ansioso blogueiro ?
- O que tem o Miro, Vasco ?
- O Miro estava em todas as fotos, quando a Antonia Conselheira disse que foi salva pela Providência.
- Você quer dizer que foi ele quem disse a ela para não tomar o avião ?
- Não !
- Então, o que é Vasco ?
- Meu querido, o Miro é Globo. Dos pés à cabeça. Depois que ele renegou o brizolismo, inscreveu-se no globismo dedicado, tempo integral.
- Tem certeza ?
- No corpo e na alma !
- Colega do Ataulfo ...
- Não remunerado.
Pano rápido !
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(****) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.