Movimento negro marcha contra PM de Alckmin
O Movimento Negro do Brasil vai às ruas na próxima sexta-feira, dia 22 de Agosto. A 2ª Marcha Nacional Contra o Genocídio do Povo Negro denunciará a violência contra o povo negro, realizado especialmente pela Polícia Militar tucana de São Paulo.
Entre 2002 para 2011, os paulistas viram o número de jovens negros mortos subir de 11.321 para 13.405. Ou seja, um aumento de 24% no período. Apenas nos três primeiros meses de 2014, o crescimento da violência contra os negros, em comparação a 2013, é de 206,9%.
O genocídio apontado pelo Movimento Negro aparece em diversas formas: na violência direta (através da polícia), ou indiretamente, por conta da omissão das políticas públicas de emprego, moradia, educação e saúde. Em suma, o abandono econômico e social.
A marcha será organizada de forma unitária em conjunto com diversas organizações. O movimento não será utilizado para fins eleitorais e partidários. A única finalidade do protesto é lutar pela vida do povo negro.
O evento está marcado para acontecer em todas as capitais do Brasil e em mais 15 cidades fora do Brasil, em países como os Estados Unidos, e também na América Latina, na Europa e na África.
Na cidade de São Paulo, a concentração será na Avenida Paulista, no vão livre do MASP, a partir das 17h.
Em tempo: o historiador Marcos Rezende lançará o livro ‘Mulheres de Axé’ no próximo dia 27 de Agosto, no New York State Office Building, em Nova York.
O Conversa Afiada já havia divulgado o lançamento do livro em Salvador. Agora a apresentação será feita nos EUA, já que o livro será lançado também em inglês.
O livro ‘Mulheres de Axé’ traz a história de mais de 200 yalorixás de Salvador, Região Metropolitana e Recôncavo. A publicação destaca o trabalho das lideranças femininas pela preservação da cultura negra e combate à intolerância religiosa. O evento acontece numa parceria entre secretarias estaduais de Cultura (Secult), Políticas para as Mulheres (SPM), Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fundação Cultural Palmares e Coletivo de Entidades Negras (CEN).
A iniciativa reforça o conjunto de atividades do chamado “Novembro Negro” na Bahia, dando expressiva visibilidade ao segmento feminino. “É uma valorização pela história de luta, ações empreendedoras e de resistência das religiosas, fundamentais para manter viva a tradição do povo negro e das religiões de matrizes africanas”, definiu o historiador Marcos Rezende, que organizou a publicação.