A violência do Aécio não é tresloucada
A loucura de Hamlet tinha uma lógica.
A violência pós-fascista de Aécio Never também.
Aécio perdeu em casa: Minas.
Perdeu onde vive: Rio.
Perdeu onde fez romaria fúnebre: Pernambuco.
Aécio ganhou em São Paulo.
Mas, foi o Aécio que ganhou ou foram os tucanos de São Paulo ?
Foram os tucanos de São Paulo, que, na última hora, com a Veja e a Globo, surrupiaram oito pontos da Dilma, só na Capital.
Com Geraldo Alckmin à frente, que ganhou no primeiro turno, porque o PiG escondeu a falta d'água.
A luta de Aécio é por sobrevivência.
Dentro do PSDB.
Ele perdeu a base de Minas.
E não tem a de São Paulo.
Ou ele acha que o Beto Richa, o Perillo e o Sartori apoiam ele ?
Nem o Aloysio 300 mil, o vice que é mais cerrista que o genro do Cerra.
Aécio vai percorrer o caminho da extrema-direita, como tentou o Cerra em 2010.
Na sórdida campanha do aborto e da bolinha de papel.
Com o apoio de D Odilo e toda a Igreja !
Inclusive do Papa Bento.
(Sem esquecer da estadista chilena que fez aborto no Chile e prestou notável contribuição à tonalidade trevosa da campanha do marido.)
Aécio vai tentar a mesma estrada de Damasco.
Cair no colo da extrema-direita para enfrentar os tucanos de São Paulo em seu território.
Onde a Veja o aguarda, com seus velhinhos.
Aécio não tem para onde ir.
Ou é a extrema-direita, cujo sentimento ele diz ter “captado nas ruas”, ou um medíocre mandato de Senador.
Só tem um problema.
O Alckmin e o Cerra esperam por ele na esquina.
O Cerra, na esquina do Senado, onde vai jantá-lo com farofa.
E o Alckmin, na esquina de Ipiranga com São João, ao som do Caê...
Sob as bençãos de D Odilo e da Opus Dei.
Porque aí o Alckmin chegou mais cedo …
Em tempo: se ele tiver tempo, já que o PT e muitos outros podem enviá-lo à inelegibilidade.
Paulo Henrique Amorim
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