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Feliz 2015, sem a Globo

Para o seu ano ser mais feliz
publicado 02/01/2015
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O Conversa Afiada reproduz texto de Paulo Nogueira, extraído do DCM:



A escolha adequada da mídia pode tornar seu ano mais feliz


A mídia tem o poder de tornar o seu ano mais feliz ou mais infeliz.


Se você passa a temporada consumindo determinado tipo de notícias e análises, isso vai afetar negativamente seu humor e, em certos casos, até sua saúde mental e física.


Por isso, escolher o que você vai ler, ver ou ouvir na mídia é um ato de enorme importância como resolução de fim de ano.


Conheço muitas pessoas que se autoimpõem um flagelo. No carro, ligam a CBN ou a Jovem Pan, e ficam ouvindo Merval, Sardenberg, Sheherazade e Reinaldo Azevedo.


Na sala de casa, oscilam entre a Globo e a Globonews, e não enfrentam apenas a voz do atraso, mas também o rosto, de William Waack a Jabor.


Diante de tamanha dose de jornalismo enviesado e frequentemente envenenado, essas pessoas se revoltam, e acabam colocando sua raiva e inconformismo para fora, sobretudo nas redes sociais.


A estas pessoas, uma boa notícia: você pode viver perfeitamente sem esse martírio.


Sem zanzar freneticamente entre variadas mídias de índole maligna, você deixa de dar-lhes aquilo de que elas vivem: audiência.


De certas vozes perturbadoras você não pode se livrar: a de um chefe despótico, por exemplo. Mas ninguém obriga você a ouvir Jabor e derivados.


Algumas pessoas, erroneamente, retrucam que você tem que ver o que “eles” estão dizendo.


Não é verdade.


No mundo das redes sociais, o que eles falam ou fazem de extraordinário acaba chegando a você, sem que você tenha que consumir horas de informações e opiniões deletérias.


Ninguém teve que ficar grudado em Sheherazade, por exemplo, para saber, rapidamente, o que ela tinha a dizer sobre justiceiros.


Ninguém também foi obrigado a desperdiçar o domingo no Faustão para saber que Bonner ganhara um prêmio patético das mãos de Fernanda Montenegro.


Agora mesmo: ninguém teve que acompanhar o jornal gaúcho Zero Hora para saber a opinião de um cronista seu sobre o paraíso de Punta del Leste sem “um único negro”.


Tudo que for relevante chega rapidamente a você sem o preço brutal de acompanhar a Globonews e a CBN, a Jovem Pan ou a Veja.


Você terá um ano melhor sem a companhia de Ali Kamel e Bonner, Reinaldo Azevedo e Jabor, Sheherazade e Sardenberg, William Waack e Diego Mainardi, Lobão e Gentili, e assim por diante.


Experimente.


Sua vida ficará mais leve.


Feliz 2015 a todos.




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