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China sabe: o que eles querem é o petróleo

E quem vai abastecer a China ?
publicado 29/12/2014
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Leitura de fim de ano, em e-book:

“Fire on the Water – China, America and the future of the Pacific”, Robert Haddick:

“Of particular note is China’s growing reliance on overseas crude oil. In 2013 China surpassed the United States to become the largest net importer of crude oil. 5 In 2012 China imported nearly 5.9 million barrels of oil per day, over half of its average daily oil consumption— a figure that is expected to rise to 75 percent of China’s daily consumption by 2035. The country’s imported oil came from South America, Africa, the Middle East, Central Asia, and Russia. China’s energy sources are diversified but have also extended China’s strategic interests to every continent. 6 In spite of this diversification, 85 percent of China’s oil imports must transit the Strait of Malacca, making that waterway a critical Chinese interest.”


Fogo na Água – a China, a América e o Futuro do Pacifico, de Robert Haddick.

A China terá uma crescente dependencia de petróleo importado. Em 2013, a China ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior importador de óleo cru. Em 2012, a China importou quase 5,9 milhões de barris/dia, mais de metade de seu consumo diário – um número que deve aumentar para 75% do consumo diário em 2035.

(O Brasil produz 2,3 milhões de barris dia, segundo o último record que a Petrobras bateu - PHA)

A China importou da América do Sul, Africa, Oriente Médio, Asia Central e Rússia...

85% das importações de óleo da China tem que transitar pelo Estreito de Málaca (entre a Indonésia, a Malásia, com a ponta em Cingapura - http://pt.wikipedia.org/wiki/Estreito_de_MalacaPHA).

A China participa da exploração do campo de Libra.

(A Petrobras já recebeu autorização da ANP para explorar outro no pré-sal)

E, segundo, alguns cálculos, a economia da China já é maior  do que a americana.


Outra leitura obrigatória, no fim do ano, o discurso  http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/12/19/dilma-se-empossa-com-a-petrobras/ com que a Presidenta Dilma se empossou:

O saudável empenho de justiça deve também nos permitir reconhecer que a Petrobras é a empresa mais estratégica para o Brasil e que mais contrata e investe no país. Temos que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobras, sem diminuir sua importância para o presente e para o futuro. Temos que continuar apostando na melhoria da governança da Petrobras, no modelo de partilha para o pré-sal e na vitoriosa política de conteúdo local — disse Dilma, que enfatizou:


— Temos que punir as pessoas, não destruir as empresas. Temos que saber punir o crime, não prejudicar o país ou sua economia.


Dilma fez uma defesa enfática do caráter nacional da estatal.


— Temos que continuar acreditando na mais brasileira das nossas empresas, porque ela só poderá continuar servindo bem ao país se for cada vez mais brasileira. A Petrobras e o Brasil são maiores do qualquer problema, do que quaisquer crises e, por isso, temos a capacidade de superá-las. E delas e deles, sair melhores e mais fortes.

(Cuidado, Levy pra não trombar com Stálin: Com petróleo não se brinca ...)

Convém não esquecer também que o Brasil se prepara  - com financiamento da China - para construir o “Eixo Interoceânico Sul – Peru – Amazônia”, que vai ligar a produção do Brasil Central aos portos do Peru.

E “Corredor Bi-Oceânico, Arica(Chile) – Santos”, que só depende de a Bolívia fazer um acordo sobre o trafego de caminhões de terceiros países.

E, para os que gostam de Geografia, como o Mestre Fiori e o ansioso blogueiro, cabe lembrar do Canal da Nicarágua, maior e mais eficiente que o do Panamá.

Também financiado pela China.

(Não foi à toa que o Obama fez as pazes com Fidel ...)

Como disse o Presidente Lula, quando defendeu a integração latino-americana: a América do Sul constrói “uma nova ordem política”, centrada na Energia !

No petróleo.

É o petróleo, estúpido, o que eles querem.

O resto é o luar de Paquetá.

Ou, como diz o Vasco:

Se a Dilma desse o pré-sal à Chevron, como prometeu o Cerra, a Globo, que está madura para perder a Bolsa, a Globo até que parava de bater nela.

Em tempo: o que eles querem é um Peña Nieto, o presidente do PSDB do México, o PRI. Ele entregou a Petrobrax deles – a PEMEX – aos americanos. E, hoje, a receita do petróleo é igual à receita cambial com o narco-trafico... Que empata com a remessa de divisas que os mexicanos mandam dos Estados Unidos para o México. É o que os neolibêles chamam de “integrar-se aos fluxos internacionais de comércio”...

Paulo Henrique Amorim




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