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Jatinho sem dono: os mortos falam

Agora mesmo que a Policia Federal e o MPF não vão descobrir o dono ...​
publicado 17/01/2015
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Liga o Vasco, ancorado ao largo de Porto de Galinhas, em Pernambuco, em busca do dono do jatinho:

- Você viu, ansioso blogueiro, que os mortos falam ?

- Vasco, o sol de Porto de Galinhas te arrebentou o crânio.

- Verdade, meu filho. Você não viu no Estadão que os pilotos do jatinho sem dono discutiram furiosamente enquanto o jato se esborrachava no chão ?

- Calma, Vasco, não implique com a Tucanhêde. Ela deu um furo.

- Calma. Aquilo é o que ela diz que é o relatório preliminar da Aeronáutica. Não é o relatório da Aeronáutica.

- Mas, Vasco, ela é uma especialista em Ar !

- Em Ar e cheiro.

- Você acordou de mal humor, Vasco.

- Ela diz que os pilotos se desentenderam. Só falta se esbofetear.

- Como, se o gravador de voz da cabine dos pilotos estava desligado, Vasco ? Não é interessante ?

- Mas, isso é irrelevante, por agora. Veja bem. Com a morte dos pilotos será impossível saber quem pagava o salário deles...

- E, portanto, quem era o dono dos jatinhos …

- Bingo, ansioso ! Quem recolhia o FGTS deles ?

- Agora mesmo que a Polícia Federal …

- Do .

- Isso ! A do zé !

- Agora mesmo que a Policia Federal do zé não vai descobrir nada.

- E muito menos o Ministério Publico do Dr Janot, que está muito interessado em descobrir o crime que você não cometeu.

- É que, no Brasil, meu filho, os mortos falam.

- Como assim, Vasco ?

- Simples. A Lava Jato do DR Moro pegou apenas dois tucanos gordos. O Sérgio Guerra e o Eduardo Campos.

- Pera aí ! O Eduardo era socialista …

- Só se fosse pra você, crédulo jornalista...

- Bom, é o que ele dizia e a Marina...

- Blablá.

- … Bláblá acreditava.

- A Lava Jato produziu dois tucanos gordos que estão mortos. O presidente do PSDB, o Guerra, e o presidente do falso partido socialista, o Eduardo. Mortos. E, portanto, falam.

- Falam o que, Vasco ?

- O que o Estadão quiser !

- Ah, entendi !

- E os dois pilotos do jatinho …

- … sem dono ?  Também !

- Também o que, Vasco ?

- Eles falam o que o Estadão quiser !

Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim