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Gabrielli (ao Moro): onde enfiaram R$ 4 bilhões?

O próprio Paulo Roberto diz que os procedimentos da Petrobras foram cumpridos.
publicado 02/02/2015
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O professor aposentado da Universidade Federal da Bahia, José Sergio Gabrielli, foi presidente da Petrobras.

Gabrielli é graduado em Economia pela Universidade Federal da Bahia, onde também obteve mestrado com a dissertação “Incentivos Fiscais e Desenvolvimento Regional”.

Em 1987, Gabrielli obteve o título de PhD em Economia pela Universidade de Boston, com dissertação sobre o “Financiamento das Estatais durante o Governo Geisel”.

Entre 2000 a 2001 foi pesquisador visitante na London School of Economics and Political Science, em Londres.

Sob sua liderança, a Petrobras começou a trabalhar o pré-sal, manteve o pré-sal sob o controle do povo brasileiro, criou o sistema de partilha, e respeitou integralmente o regime de “conteúdo nacional”, que exige 60% de produtos brasileiros em qualquer compra da Petrobras.

Gabrielli lançou ações da Petrobras na Bolsa, a maior operação do gênero, do sistema capitalista, até então.

Dela participaram mais de cem bancos nacionais e estrangeiros.

Hoje, Gabrielli é um alvo preferido do Moro, do PiG e dos que querem entregar a Petrobrax à Chevron e revogar a regra do conteúdo nacional para entregar à Haliburton.

Ao contrario da diretoria da Petrobras, que parece encurralada pela Urubóloga, pelas agências de risco e pelo Juiz Moro, nessa segunda-feira (02/02), ele deu uma longa entrevista o PiG cheiroso (ver no ABC do C Af), de onde se extraem os seguintes pontos.



- Paulo Roberto diz que recebia 3% de todos os contratos …, perguntou a repórter Cláudio Schuffner:
- Primeiro, isso não está provado. Segundo, 3% de todos os contratos são R$ 4 bilhoes. E onde é que estao esses quatro bilhões ?


Não se pode criminalizar uma empresa, do tamanho da Petrobras, com a complexidade que tem, a partir do comportamento criminal de algumas pessoas. A Petrobras é a maior produtora no mundo, hoje, fora os árabes.

- Os procedimentos internos da Petrobras foram todos seguidos.

(O Paulo Roberto Costa) diz isso no que é publico. Não sei o que diz sigilosamente, porque ninguém sabe.


- Eu, por exemplo já fui condenado pelo jornal nacional e pela primeira pagina de todos os jornais em uma ação que o Ministério Público do Rio move contra mim. Eu ainda não fui comunicado. Não sei do que se trata.  Eu não temo a investigação mas não fui comunicado.

- São duas pessoas que confessaram receber propina (Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco) numa empresa que tem três mil gerentes de primeira linha.

- O voto do José Jorge no Tribunal de Contas da União, contra Pasadena, tem uma motivação política. Ele ignorou dois pareceres do próprio TCU para se valer do trabalho de um assessor de confiança dele, que, em 30 dias, monocraticamente, sem ir à Petrobras, fez seu parecer.



(Gabrielli foi ao Supremo se defender do voto politicamente motivado do José Jorge.)

(José Jorge foi ministro do Apagão, no Governo FHC, disse no plenário do TCU que ia detonar o trem-bala e ameaçou bloquear os bens da Graça Foster. Foi um gigante do PDS – no regime militar – e do PFL !)

- Não se pode dizer, continua Gabrielli, que esses R$ 88 bilhões significam corrupção...


Paulo Henrique Amorim



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