Impítim ? Chance zero ! Coisa de FHC, o kennediano
A ilustração que o amigo navegante lê aí acima foi extraída do livro “O Príncipe da Moeda”, de Gilberto Felisberto Vasconcellos, Editora Espaço e Tempo, 1997, Rio de janeiro.
É uma syntese (não toque, revisor !) genial, não ?
Esse neocapitalista (ainda não se usava neolibelês - ver no ABC do C Af), kennediano e entreguista, segundo Glauber, a quem, segundo Gilberto, a Cultura brasileira deve muito mais do que ao autor da “teoria da dependência” e da “teoria do sangramento”, o Príncipe da Privataria está há muitos anos desempregado.
Segundo Gilberto, esse “falso exilado de Mercedes-Benz” foi “o primeiro exilado com emprego fixo na história do ostracismo político desde a Grécia”.
Quá, quá, quá !
É o dândi da Sociologia, o Príncipe da Sociologia, como dizia o Glauber.
E, desde 1969, quando teve “a sorte extraordinária de ganhar uma aposentadoria prematura da USP”, segundo o autor, FHC nunca mais teve emprego fixo.
Foi nesse bem-bom que ele escreveu a tese da dependência, ou a de “tirar os sapatos”: converter a direita civil pós-64 em agente do progresso, com apoio do sistema econômico internacional e da Globo, diz Gilberto Vasconcellos, também formado na USP e autor de respeitável obra.
“O diretor de telenovelas é mais importante que o general de quatro estrelas”, diz Gilberto.
“Nada culturalmente permanece à margem do Leviatã eletrônico sediado no Botanic Garden. A TV é o todo, e não apenas a hegemonia cultural”.
Segundo Gilberto, FHC tomou de Collor o controle do “sociovídeo”, “o enlatado da modernidade”, “o homo telenovelicus”, “o Governo da TV”.
“Estamos destinados a administrar a dependência externa e não eliminá-la -” é o axioma da “dependência”.
Onde se lê “imperialismo” leia-se “dependência”.
Onde se lê “burguesia” leia-se “empresariado”.
Hoje, em 2015, com a Lava Jato do Anastasia e, proximamente, do Aécio de Furnas, o kennediano e entreguista tem a representatividade da vovó cheirosa que bateu panela Le Creuset na Avenida Higienópolis.
Ele só sobrevive na tocaia do impítim meuzovo devido a:
- à Globo e ao PiG;
- à absoluta escassez de ideias na Casa Grande – só tem as dele, obsoletas e as mesmas de sempre. Já que o Cerra em 60 anos de vida pública jamais teve uma ideia original;
- porque o PT não teve a coragem de tirar os esqueletos do PSDB do armário;
- porque o PT tem medo da Globo;
- porque o PT tem medo do “empresariado”;
- porque a Globo e o PiG precisam de uma agenda para derrubar a Dilma, já que, sem o impítim, a Globo não chega a 2018;
- e porque os cuidadores do FHC precisam dar a ele uma diversão, uma espécie de Lego para a Terceira Idade.
O Lego é o impítim.
Chance de impítim ?
Zero !
Quem vai decretar o impítim ?
O Eduardo Cunha e seu patrimônio Moral, com a virgindade re-instalada pelo Globo ?
Botar 100 mil pessoas na rua no dia 15 ?
Se manifestação derrubasse presidente, a Dilma tinha caído em junho de 2013 e as vítimas da Doença Infantil do Transportismo teriam eleito o Congresso mais progressista da História.
Quem precisa de impítim são a Eliana Tucanhêde, e seu entrevistado no Estadão comatoso, o FHC.
Os três, ela e os dois precisam de impítim para sobreviver até 2016 ...
O impítim tem tanta chance quanto o Cerra dizer de que vive.
Paulo Henrique Amorim