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Querem boicotar o Memorial Goulart

Quem quer derrubar os tapumes ?
publicado 03/04/2015
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Na última terça-feira (31), o Instituto Presidente João Goulart solicitou à Polícia Federal, por meio de notícia crime, a investigação de um movimento organizado para derrubar os tapumes que protegem a area destinada a instalar o futuro Memorial João Goulart, obra do arquiteto Oscar Niemeyer.

 

O protesto, que é encabeçado pelo ex-secretário de Cultura do Distrito Federal, Silvestre Gorgulho,  deve ocorrer no dia 12 de abril, mesmo data em que é convocada manifestação contra a Presidenta Dilma Rousseff.

"Mais uma vez querem cassar o Jango e, ainda , aproveitar-se de uma manifestação contra a Presidenta Dilma para incitar a violência , convocando os manifestantes a derrubada dos tapumes e depois um abraço ao Memorial JK, manchando a imagem de um outro Presidente democrata, como se JK aprovasse uma ação desta natureza,arbitraria e ilegal”, revela Verônica Fialho, diretora do Instituto João Goulart.

O terreno, que fica Eixo Monumental da capital federal, na Praça do Cruzeiro, próximo ao memorial Juscelino Kubistchek,  tem 10,8 mil metros quadrados e foi destinado ao Instituto em abril de 2013, na gestão Agnelo Queiroz (PT).

O local, anteriormente, havia sido destinado à construção do memorial dos Pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que combateram na Segunda Guerra Mundial.

“Tomamos medidas judiciais”, continua Verônica.

 

O governo atual, a principio, decidiu manter a construção do projeto, mesmo diante dos protestos.


O Memorial


Para o Memorial, foram arrecadados cerca de R$ 48 mil. O orçamento prevê R$ 17 milhões investidos. O Instituto Presidente João Goulart conseguiu autorização para captar R$ 15,8 milhões via Lei Rouanet.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), "não há evidências de irregularidade no projeto".

 

 

 

"O que ocorre é que originalmente o terreno era para a construção do Arquivo Público do DF e depois em 1988 passou para ser construido o Memorial dos Heróis da Pátria e só 18 anos depois, em 2006,  para o Memorial do Jango. Escavaram nosso processo do terreno e nada encontraram ", esclarece a diretora.

Leia o documento enviado à PF:

 

 

 

 

Alisson Matos, editor do Conversa Afiada



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