Quem mandou o Obama trair o Lula ?
Saiu no New York Times:
http://www.nytimes.com/2015/03/30/world/middleeast/iran-backs-away-from-key-detail-in-nuclear-deal.html?emc=edit_th_20150330&nl=todaysheadlines&nlid=2984728&_r=0
Na ante-véspera do prazo final das negociações com os americanos (e com Israel, by proxy), o Irã mudou de ideia e avisou que não está mais disposto a mandar seu combustível atômico ao exterior, onde ficaria depositado, e sem poder usá-lo para fazer – segundo suspeita de Israel e dos Estados Unidos - uma bomba atômica.
(Ficaria na Rússia, segundo as negociações mais recentes.)
Em troca, o Irã receberia urânio menos beneficiado – que não pode resultar em bomba atômica – para usar em seu programa pacífico.
Sem essa cessão ao exterior, não tem acordo.
Trata-se, como se vê de um formidável exercício de hipocrisia.
Como o Príncipe da Privataria, o Cerra e o Aécio se elegerem símbolos da Ética na Política !
Israel tem 200 bombas atômicas, não assinou o Tratado de Nao-Proliferação das Armas Nucleares e seu programa nuclear corre em parceria com os Estados Unidos - e, em muitas áreas, superou os Estados Unidos.
E se acha no direito de conduzir a política externa americana para o Oriente Médio !
Nada disso teria acontecido se o Obama não tivesse traído o Lula, o Celso Amorim e a Turquia.
Ele e a Hillary, que sempre teve uma política externa própria e, como Presidente da Republica, será mais Netanyahu que o Bibi.
Na “Resolução de Teerã”, que o Governo do Irã assinou com o Brasil e a Turquia, o Irã depositaria seu combustivel na Turquia, em troca do material a usar nos hospitais e pesquisas científicas.
Os vira-latas da Colônia – vote na trepidante enquete - celebraram a estratégia americana: ignorar a Resolução de Teera – cujos termos contemplavam o que Obama pediu a Lula, por escrito, e oralmente - e aprovar na ONU as sanções econômicas.
Como as sanções não quebraram o Ira nem vão quebrar, breve Israel se verá obrigado a atender seu objetivo mais genuíno: jogar uma bomba atômica no Irã.
Sob aplausos dos vira-latas coloniais !
Do Obama e da Hillary !
Que solenemente vão ignorar os coloniais vira-latas.
Em tempo: se a diplomacia brasileira não tivesse recuado da Resolução de Teerã, hoje estaria na mesa mesa de negociações da Síria, do ISIS e do Yemen. Quem vai ao vento ... - PHA
Paulo Henrique Amorim